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O Que Avaliar em uma Empresa Antes de Comprar as Ações?

Publicado 01.06.2022, 10:42
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Nos últimos anos, quem vive o dia a dia do mercado financeiro tem presenciado um crescimento nunca antes visto. Vimos o número de investidores sair de pouco mais de 500 mil, em 2012, quando eu comecei na Monte Bravo, para 4,3 milhões atualmente. E a tendência é de alta para os próximos anos. Por isso, no artigo de hoje, gostaria de falar um pouco sobre como um iniciante ou mesmo alguém que já investe pode selecionar uma ação de forma adequada para a carteira. 

Hoje, na B3 (SA:B3SA3), a Bolsa de Valores brasileira, são mais de 300 empresas listadas. Em mercados como o norte-americano, são mais de 8 mil negócios. Isso sem contar as companhias que ainda serão listadas por meio dos IPOs. Em 2021, no Brasil, foram mais de 50 ofertas públicas. Em 2022, o número está baixo por conta do ciclo monetário que não favorece a abertura de capital, mas isto não significa que não veremos novos “players” entrarem no jogo em um futuro não muito distante. 

Sem dúvidas, existem diversas opções que oferecem uma série de possibilidades, mas que também causam muita dúvida em quem investe. Portanto, eu diria que a primeira dica é ter a clara compreensão dos seus objetivos ao comprar ações. 

Você pretende investir em Valor (valorização das empresas) ou Dividendos (rendimentos)? Pretende segurar uma ação para o longo, médio ou curto prazo? Essas são algumas questões a serem respondidas antes de iniciar. Contudo, o foco deste artigo, diria, são as pessoas que buscam um horizonte maior para as suas aplicações.

Neste caso, com um objetivo bem definido, o primeiro questionamento do investidor deve ser: como aquela companhia ganha dinheiro? 

Por vezes, um negócio tem mais de uma fonte de receita e em alguns casos, ter a clara compreensão de como ela é gerada, pode parecer algo complicado. Responder algumas questões iniciais pode ajudar o investidor nesta jornada como, por exemplo: qual o público daquela marca? Qual o modelo de negócios utilizado? Ele se baseia em recorrência ou pay-per-use? 

Elencar estas informações já vai ajudar na análise da concorrência, assunto sobre o qual trataremos mais à frente. 

O segundo passo, não necessariamente nesta ordem, seria a análise de governança daquele negócio. Ela nada mais é do que um conjunto de práticas e políticas que garantem uma administração profissional, focada na perpetuação da companhia. Um documento extremamente importante e que poucas pessoas tomam conhecimento é o Estatuto Social das empresas.

Aqui, para ter um exemplo, basta olharmos para as mudanças realizadas na Petrobras (SA:PETR4) nos últimos anos. A petroleira saiu de uma das mais endividadas no mundo para uma das mais lucrativas do nosso mercado, sobretudo, por conta da mudança na gestão, que agora tem observado aspectos mais técnicos focados na eficiência da operação. 

Outro elemento muito importante a ser considerado é a liquidez. Ainda que esta questão faça mais parte do dia a dia de gestores profissionais, quando se trata de investimento de longo prazo, este pode ser um entrave. 

Isto porque uma ação sem liquidez não oferece flexibilidade para mudanças de estratégia, ou seja, não tem compra, o que pode prejudicar o preço de venda do ativo. Obviamente, a relevância deste tópico é subjetiva e depende do perfil de cada pessoa. 

Em terceiro lugar, sem dúvidas, eu traria a análise fundamentalista como parte do processo. Neste ponto, vale ressaltar a existência de duas abordagens utilizadas por analistas para chegar a uma definição. 

Na primeira, chamada de top down, o trabalho do analista é iniciado de cima para baixo. Em outras palavras, de fatores macroeconômicos como PIB e inflação até chegar no micro, com foco nos indicadores da empresa. 

A segunda, bottom up, vai justamente na direção contrária. Ela começa pelos detalhes das companhias até chegar em elementos da economia doméstica e mundial. 

Alguns tópicos que não devem ser esquecidos pelos investidores são: Qual a configuração dos concorrentes e qual a posição do negócio neste mercado? Quais as perspectivas futuras? É líder de vendas ou segundo colocado? Também é importante comparar cada negócio entre si, inclusive, nos indicadores, sobre os quais vou falar a seguir. 

Um dos mais importantes é o LPA (Lucro por Ação), que ajuda a revelar o lucro obtido pela empresa em relação às ações que ela possui no mercado. 

Outro é o P/L, que significa Preço sobre Lucro. Neste caso, o indicador ajuda a revelar quanto o mercado está disposto a pagar pelo lucro gerado. Em resumo, esse dado ajuda a obter uma média de quanto cada ação rendeu para os acionistas ao longo do ano. Obviamente, isto não é tudo uma vez que resultados não necessariamente se repetem. 

Além disso, é preciso ter atenção com o lucro e o endividamento do negócio. É indispensável que exista um bom equilíbrio entre os dois. Neste caso, observar o Lucro Líquido e analisar os custos com dívidas (Dívida líquida/Ebitda, Índice de Cobertura de Juros e Índice de Endividamento Geral) é necessário para chegar a uma conclusão razoável. De forma resumida, a conta precisa fechar e ainda sobrar um adicional. 

Por último, gostaria de deixar uma dica fundamental que poucas pessoas costumam compartilhar que é a questão dos ciclos. Ainda que ações e setores conversem entre si e tenham correlação, olhar para o momento de cada papel na análise técnica também é parte do trabalho de um investidor. 

Afinal de contas, é na baixa que se compra!

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