Recentemente, a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) lançou uma nova série com uma proposta um pouco diferente, The Liberator. A história, em formato de live-action, foi criada a partir de um livro chamado The Liberator: A Odisséia de 500 dias de um soldado da Segunda Guerra Mundial, publicado em 2012. A trama, escrita pelo veterano de guerra Jeb Stuart, tem como foco abordar não somente o conflito entre os países, mas também mostrar na prática a discriminação que existia nos Estados Unidos naquela época.
O tempo histórico da narrativa remete ao ano de 1943, quando uma unidade do estado de Oklahoma composta por nativos americanos, mexicano americanos e caubóis do interior iniciam a jornada de 500 dias pela Europa dominada pelos nazistas.
O que chama mais atenção é o fato dos soldados não se ‘gostarem’. Logo no início da série, fica claro na abertura que ‘eles mal conseguiam beber juntos nos bares da cidade’. Naquela época, o racismo e o preconceito eram ainda mais latentes na sociedade americana.
Mas o que isso tem a ver com o mundo dos negócios, Rebeca?
No mundo dos negócios, assim como em uma guerra, são formadas equipes ou unidades, para usar o jargão militar, para enfrentar as batalhas. A série aborda, ainda, as imperfeições dos combatentes e de seu comandante, e ressalta que “nenhum soldado sobrevive sozinho”.
Hoje, um líder, ao montar a sua equipe precisa enxergar as diferenças e dar voz para que cada membro contribua de forma decisiva para o resultado do time. Divergências sempre existirão, ainda mais em um negócio que tenha como foco a diversidade. O papel do gestor, neste caso, é saber equilibrar as diferenças e fazer todos entenderem que estão ‘no mesmo barco’, não importa o que aconteça.
Quando isso ocorre, a tendência é que uma empresa com maior diversidade e equilíbrio entre os colaboradores entregue um resultado superior.
Um estudo realizado pela consultoria Cloverpop, especializada em inovação e engajamento de funcionários, comprova o que eu estou dizendo.
A empresa analisou cerca de 600 tomadas de decisão de equipes formadas a partir de diversas composições. O resultado mostrou que aquelas formadas somente por homens chegaram à melhor solução em 58% dos casos. Já aquelas com participação feminina subiu para 73%.
Além disso, nos últimos anos, os investidores de todo o mundo têm se envolvido cada vez mais com o conceito de investimento responsável, que leva em consideração as mudanças climáticas, diversidade de gênero e impacto ambiental das empresas.
E a tendência é que essa seja uma questão cada vez mais importante na indústria financeira.
Quando você for decidir em qual empresa investir, se atente se ela realmente busca esses valores de diversidade. Como eu disse anteriormente, negócios que se preocupam com essas questões tendem a dar mais retorno para os seus acionistas. Pense nisso!