No início do ano, quando o Bitcoin começou um rali saindo de US$ 7 mil para uma tentativa de romper os US$ 10 mil (tenho esse nível como o mais importante da história do BTC, é um ponto forte com apelo psicológico aos investidores), muitos aguardavam um bull market rápido e lucrativo, o otimismo havia voltado e muitos já pensavam nos US$ 100 mil. Porém, com o agravamento da crise causada pelo coronavírus, vimos uma forte correção até o nível de US$ 4 mil, assustando novamente os que estavam confiantes.
Agora estamos novamente com o preço próximo dos US$ 10 mil e com duas tentativas de rompimento durante a última semana, porém sempre encontrando muita pressão vendedora em US$ 9.900 e US$ 9.800. Por outro lado, o nível de US$ 9.000/9.150 se tornou um suporte importante, podendo atrair novos compradores. Olhando o gráfico diário acima (D1), podemos ver que a faixa de preço de maior resistência está entre US$ 9.900 à US$ 10.474. Se acontecer um rompimento deste nível, o preço pode encontrar facilidade para altas aos níveis de US$ 12.154 e US$ 13.220.
Agora analisando o gráfico mensal abaixo (M1), ao traçar uma retração de Fibonacci pegando o último topo mais relevante que foi em Jun/2019 até o último fundo que foi em Mar/2020, temos a retração mais forte que é a 61.8 justamente em US$ 10 mil. Nesse cenário, uma possível alta pode acontecer de forma "explosiva" diretamente para US$ 10.500 ou mais e prosseguir. Já se do preço respeitar a retração e o nível psicológico dos US$ 10 mil, uma correção mais forte tende a acontecer, principalmente se o suporte da faixa entre US$ 9 mil e US$ 8.840 for quebrado. Neste caso podemos ter correção à US$ 7.700.
Portanto neste momento a cautela é muito necessária, principalmente a quem está de fora e pensa em entrar. Esta análise técnica é de interesse educacional, para explorar as dimensões de possível movimento de preço, não sendo uma indicação de compra ou de venda.