Não acho que há bolha, mas sim um perigo de forte stress devido a atual situação econômica.
O economista Paulo Gala, em seu site, coloca dois gráficos que mostram os "topos históricos" dos preços do imóveis por m² e do crédito imobiliário em relação ao PIB.
Os dois gráficos (copiados abaixo) induzem a conclusão de que se a renda (PIB) continuar caindo, se inflação e SELIC continuarem altas e se em 2015 o desemprego começar a subir de forma preocupante, haverá uma chuva de distratos, derrubando os preços dos imóveis.
A solução que vejo, em um prazo mais curto, é dar um choque positivo na economia, para restabelecer a confiança do empresário (e do investidor internacional, de suma importância). Dessa forma, as perspectivas futuras iriam melhorar, apesar do mau momento.
Em minha opinião, o melhor choque de confiança seria através de impeachment da Presidente da República e da saída total da influência de seu partido nas decisões governamentais. Isso, em um primeiro momento, poderia trazer algum stress na economia, mas, logo após, entendo que a confiança dos agentes econômicos quanto ao futuro do país poderia melhorar e muito.
Esse impeachment teria que ser feito bem rápido e sem as costumeiras "passadas de rasteiras" comuns na política brasileira. Teria que ser feito com foco de restaurar as bases da economia, que entendo que foram muito abaladas pelos incontáveis erros capitaneados pelo governo, desde 2002 até hoje.
Mas alguém pode perguntar: se a economia e governo estão ruins, por que os preços dos imóveis subiram tanto?
Minha resposta é que trata-se de reflexo das reformas econômicas feitas de 1994 até 2002, além da forte alta dos preços de commodities de 2000 a 2008. Estamos colhendo, agora, os efeitos dos erros que foram cometidos de 2002 até 2014.