Nessa semana curtíssima de mercado aqui no Brasil, o nosso índice futuro fechou a semana com uma alta de cerca de 1%, principalmente na 6af com a notícia que o governo já tem possíveis 260 votos a favor da reforma da previdência, precisando de mais 48 votos para completar o mínimo necessário de 308.
O ponto (negativo) a se destacar é que o governo continua entrando em polêmicas pormenores e desnecessárias, como a mais recente envolvendo um vídeo relativo ao golden shower, que tira completamente o foco da atenção sobre assuntos definitivamente importantes. Controvérsias do tipo podem começar a acarretar em problemas de legitimidade de um presidente que obteve uma votação super expressiva na eleição que passou.
De qualquer forma o mercado doméstico vem se movimentando de forma mais cautelosa por agora, e se encontra neste momento em consolidação (marcado pelo retângulo azul no gráfico abaixo). Novidades sobre a reforma da previdência e sua tramitação no congresso serão fundamentais para definir a direção do mesmo.
Lá fora, os índices americanos e alemão apresentaram uma queda bem expressiva, com um misto de realização de lucros, depois de um rally impressionante que se iniciou em Janeiro deste ano, e também por sinais mais fracos da economia global que não param de chegar, com notoriedade mais especificamente nesta semana para os resultados da balança comercial chinesa e o relatório de empregos não agrícola (payroll) nos EUA. A expectativa em torno do acordo comercial entre EUA e China ainda é muito grande, e aparentemente não há uma outra alternativa melhor do que a aliança entre os dois países, para o bem da economia de ambos e do resto do globo.
Portanto com os mercados apreensivos com o que pode acontecer com a economia ao redor do mundo, o índice dolar (DXY) se fortaleceu, e rompeu uma resistência bastante importante, como podemos ver a seguir:
Desta forma, os contratos de dólar futuro por aqui desfizeram uma figura que até então parecia muito bem definida de OCO (Ombro, Cabeça, Ombro, conhecido como um padrão de forte de reversão) que se formava até então, e o desenrolar dos próximos dias será fundamental para entender o comportamento deste ativo.
Com dados mais fracos da economia mundial, e com os estoques acima do projetado, o preço do barril de petróleo WTI continua operando dentro do intervalo entre 52-56 USD/bbl já há algum tempo. De acordo com Barclays (LON:BARC) e Merrill Lynch, o preço do barril WTI deve ficar nas proximidades dos USD 60/bbl, principalmente pela estrutura atual de fornecimento da commodity, tanto no que diz respeito ao aumento da produção do shale nos EUA, quanto à sua própria característica de elasticidade.
De acordo com a tabela abaixo, podemos ver como alguns ativos se comportaram na semana que passou.
Olhando para o calendário econômico abaixo, a semana terá eventos relevantes, como vendas no varejo, inflação, e ofertas de empregos nos EUA, produção industrial na China, e também inflação na zona do Euro. Sumarizamos abaixo, o calendário divulgado pela Investing.com, filtrando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados.
Além disso, teremos uma longa lista de divulgação de resultados do 4o trimestre de 2018 de uma série de empresas, tendo como destaque para esta semana a divulgação dos resultados da Petrobras (SA:PETR4) distribuidora, Braskem (SA:BRKM5), Azul (SA:AZUL4), Embraer (SA:EMBR3), entre outros.
Forte abraço, e...
Bora pra cima !!!