Boa semana, mercado do câmbio! E lá vamos nós em busca de mais dados para operar com sabedoria e cautela.
Para iniciar, devemos partir do fechamento da semana passada. O dólar à vista encerrou a semana cotado a R$ 4,968, após bater sim os R$ 5,00, mas não se sustentar. Só no mês de agosto a moeda norte-americana subiu mais de 5%.
E de importante para esta semana teremos o simpósio de Jackson Hole, onde se reúnem os principais banqueiros centrais do mundo. A fala mais aguardada será a de Jerome Powell, presidente do Fed, o Banco Central norte-americano, após a Ata da última reunião de política monetária por lá mostrar a possibilidade de aumentos nos juros. Investidores monitorarão por sinais de postura hawkish ou de um possível "toque dovish".
Também ficaremos de olho na China, que causou um terremoto nos mercados com sua sequência de dados fracos, em especial a crise no setor imobiliário e a falta de disponibilização de dados, como o aumento da taxa de desemprego entre a população mais jovem, que torna nebuloso o cenário a ser analisado pelo investidor. O que acalmou um pouquinho na sexta-feira foi o anúncio de pacote de medidas chinesas para atração de investimento estrangeiros.
Acompanharemos de perto essa semana as prévias dos PMI do mundo todo e previa de inflação no Brasil, além, é claro, das falas de políticos, que podem ou não causar aversão a risco, principalmente na área fiscal. Vamos ver a tal mini reforma ministerial, para dar mais cadeiras ao centrão e facilitar a tramitação da agenda econômica no Congresso. Se o arcabouço fiscal vier a ser aprovado como se espera, os ânimos no câmbio tendem a se acalmar.
E como sempre, aqui segue o calendário econômico para hoje, bem vazio. Somente o tradicional boletim Focus no Brasil. Bons negócios a todos e muito lucro!