O retorno do feriado nos EUA traz de volta o volume aos mercados e localmente, a atenção que se dispensou na sessão de ontem à Petrobrás, com a renúncia de seu presidente e hoje, especial atenção à ata da última reunião do COPOM.
Como citamos aqui na semana anterior, acreditamos que a decisão de juros no Brasil teve na decisão do Fed um pouco antes um elemento importante para deflagrar o “início do fim” do aperto monetário no Brasil.
As metas de inflação de 2022 já estão perdidas e considerando os efeitos defasados das decisões de juros anteriores ainda não efetivados na economia, 2023 também está com seu trabalho feito, onde provavelmente as metas não serão atingidas no seu centro.
Neste contexto, advogamos por uma pausa por parte da autoridade monetária, para entender e principalmente, observar como as elevações mais recentes de juros impactarão na atividade econômica e nos preços, estes já tendo ultrapassado seu pico, desde a medida de abril.
Importância disso vem não somente do não avanço em apertos adicionais de juros, como proposto no comunicado, como forma talvez de combater o diferencial de juros com a decisão do FOMC um pouco antes, que emitiu um fraco sinal hawkish.
Ela vem do amadurecimento das decisões anteriores e da compreensão de que tudo que for feito em termos de juros daqui em diante, possui efeito multiplicador muito limitado em vista à atual taxa, ou seja, aos 2% aa, qualquer aumento de 0,5% era significativo, já aos 13,25% aa, seu impacto é altamente limitado.
Com isso, acreditamos que o call do Bacen para uma elevação adicional pode ser desafiado daqui até a próxima decisão de juros, onde a manutenção pode ser a palavra de ordem, mesmo contrariando as premissas ditadas hoje na ata.
Ainda localmente, após a demissão do presidente da Petrobrás, Lira se agita no congresso com líderes dos partidos para discutir a composição do conselho da empresa, de possíveis mudanças no PPI e na lei das estatais.
Na agenda de hoje, além da ata, contamos com a atividade nacional nos EUA, medido pelo Fed de Chicago e vendas de imóveis existentes nos EUA, além do déficit maior de conta corrente na zona do Euro, aos -€ 5,8 bi
Nota: Fiquem atentos ao ataque especulativo aos Japanese Government Bonds.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o retorno do referencial das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados pelo Nikkei e HSI.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com cautela do mercado sobre preocupações com oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1906 / 0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,428%
Dólar / Yen : ¥ 135,43 / 0,267%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,335%
Dólar Fut. (1 m) : 5196,50 / 0,85 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,64 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 24: 13,20 % aa (-0,19%)
DI - Janeiro 26: 12,35 % aa (-0,52%)
DI - Janeiro 27: 12,38 % aa (-0,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0278% / 99.853 pontos
Dow Jones: -0,1279% / 29.889 pontos
Nasdaq: 1,4301% / 10.798 pontos
Nikkei: 1,84% / 26.246 pontos
Hang Seng: 1,87% / 21.560 pontos
ASX 200: 1,41% / 6.524 pontos
ABERTURA
DAX: 1,028% / 13401,93 pontos
CAC 40: 1,628% / 6016,44 pontos
FTSE: 0,868% / 7183,62 pontos
Ibov. Fut.: -0,05% / 101679,00 pontos
S&P Fut.: 1,82% / 3742,5 pontos
Nasdaq Fut.: 1,843% / 11504,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,07% / 126,86 ptos
Petróleo WTI: 2,30% / $112,08
Petróleo Brent: 1,53% / $115,88
Ouro: -0,21% / $1.834,14
Minério de Ferro: 3,48% / $114,80
Soja: -1,00% / $1.685,00
Milho: -1,56% / $772,25
Café: 1,58% / $231,25
Açúcar: 0,05% / $18,61