O ano de 2020 sem dúvida nenhuma foi um dos mais marcantes na história da humanidade. Nem nos meus piores sonhos poderia imaginar que um vírus surgiria em pleno século XXI e alteraria de forma significativa as nossas vidas. As economias de todo o mundo sofreram com o fechamento de comércios, parques e outros espaços. Praticamente nada permaneceu intacto. Aqui no Brasil, o nosso índice Ibovespa amargou seis circuit breakers ao passo que centenas de milhares de investidores entravam no mercado.
O número de mulheres que investem dobra anualmente desde 2018. Há três anos, o total de investidoras era de 141,7 mil. Hoje esse número já bateu a marca de 824,7 mil (até novembro de 2020). Se olharmos a evolução de CPFs, sem considerar gênero, entre maio e novembro de 2020, saltamos de 2,4 milhões para 3,1 milhões de pessoas. Ao contrário do que muitos pensavam, o movimento foi intensificado com a chegada da pandemia.
Além disso, a Poupança captou, só em maio, mais que o dobro (R$37,2 bilhões) de tudo o que foi depositado no ano inteiro de 2019 (R$13,3 bilhões).
De qualquer maneira, esses indicadores mostram que o brasileiro entendeu a necessidade de criar uma reserva de emergência para momentos de crise. A pandemia fez muita gente sentir essa necessidade na pele depois de perder o emprego e outras fontes de renda.
No entanto, mesmo com os planos de vacinação em andamento ao redor do mundo, ainda teremos um longo caminho pela frente. Ao que tudo indica, o processo deve demorar mais que o previsto por conta da grande quantidade de pessoas que precisam da imunização e isso certamente prejudicará a retomada das economias globais.
Aqui no Brasil ainda temos o problema fiscal. A dívida pública deve se aproximar perigosamente de 100% do PIB nos próximos anos e se nada for feito (reformas), a capacidade de investimento do Estado brasileiro ficará engessada.
Portanto, o momento é de cautela. É preciso se manter informado e reorganizar a carteira de acordo com o cenário que se apresenta. Se você já investe e consegue racionalizar o que estou dizendo, provavelmente fez a sua parte para mudar a sua vida financeira neste ano.
Por outro lado, se você não investe, mas leu este artigo até o fim, já começou bem. O momento que vivemos é desafiador e um novo país passa por uma população mais educada financeiramente. Isso gera riqueza não só para quem está em volta, mas para todos. E aí, o que você fez e o que fará para mudar a sua vida financeira?