Na última quinta-feira, dia 6 de junho, estive presente em um evento organizado pela Galapagos Capital com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Na conversa, o ex-Ministro falou sobre diversos temas como a questão fiscal e orçamentária paulista, privatização da Sabesp (BVMF:SBSP3), infraestrutura, segurança pública, educação, saúde e, claro, seus planos futuros na política.
O primeiro tópico trouxe um pouco dos desafios enfrentados na questão fiscal, um problema crônico de qualquer governante brasileiro.
Entre outros pontos, Tarcísio comentou sobre a necessidade que o Estado tem de criar um plano de habitação mais ambicioso, além de continuar a expansão de seu sistema ferroviário e infraestrutura. Tudo isso em contraste com uma população que está envelhecendo, ou seja, arrecadando menos.
Além disso, desde que iniciou a sua trajetória na política, o governador tem como marca a busca por uma gestão eficiente e inovadora.
Por isso, algumas de suas ações têm ido na linha de reorganizar as contas públicas do Estado com redução de custos e auditoria de benefícios fiscais, reestruturar órgãos e agências que estavam obsoletas, além colocar as privatizações em pauta.
A mais famosa delas, da Sabesp, tem gerado diversas críticas da oposição, porém, o governador destacou que a companhia atende atualmente 375 municípios, sendo apenas 11 deles superavitários e os outros 364 deficitários.
Desta forma, a ideia de privatizar a companhia tem como foco atrair investimentos para universalizar o acesso a saneamento até 2033, algo que seria muito mais difícil de ser alcançado da forma como a empresa estava estruturada.
Sobre aumentos de tarifa e problemas com os controladores da companhia, Tarcísio disse que a ideia é usar os recursos da venda da empresa para adquirir suas ações no mercado a fim de receber dividendos. Assim, a ideia é utilizar os proventos para diminuir o custo do serviço para o consumidor na ponta final.
Na área de infraestrutura, o governador destacou que atualmente o Estado de São Paulo está na vanguarda do país com planos de expansão dos sistemas de trem e metrô, rodovias (aumento da quantidade de faixas da Imigrantes é um exemplo). Quase tudo por meio de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, uma marca de sua gestão.
Por outro lado, quando questionado sobre a questão ambiental, ele falou sobre o reflorestamento de cerca de 34 mil hectares de floresta nativa, recuperação de rios e mananciais, além do fortalecimento do ICMS verde para municípios com área de conservação, entre outros.
Outra bandeira de sua gestão é a questão da segurança pública. Tarcísio comentou que a polícia de São Paulo necessita de aumento do efetivo, além de modernização de estrutura e valorização da carreira do agente.
Segundo ele, já foram contratados cerca de 14 mil novos policiais em seu governo, além da adoção de equipamentos e sistemas de inteligência, que têm produzido ações contra o crime organizado em setores como saúde e transportes.
Na área da educação, Tarcísio também tem feito barulho e procurado valorizar os professores do Estado, além de investir no aprimoramento constante desses profissionais tão fundamentais para o desenvolvimento do país.
Na saúde, a valorização dos profissionais também está em pauta, mas não só. O governador disse que tem investido em tecnologias e expansão das áreas de oferecimento dos serviços.
Em resumo, o conjunto de ações colocadas em prática pelo atual governador mostram o Estado de São Paulo em uma direção que tem tudo a ver com o seu poder econômico: a da modernização com gestão eficiente.
Por fim, a questão do futuro político do atual governador também traz muita curiosidade, porém, quando questionado sobre isso, Tarcísio disse não ter planos para o futuro e despistou sobre uma candidatura à Presidência da República.
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, o ex-Ministro da Infraestrutura é, sem dúvidas, um dos nomes mais lembrados para sua sucessão.
É esperar para ver!
Até a próxima e bons negócios!