As pirâmides financeiras estão se tornando cada vez mais comuns e dados revelam que mais de 10 % dos brasileiros já foram vítimas de golpes de caráter financeiro. Com o aumento do número de vítimas nos últimos anos, torna-se essencial falarmos sobre os crimes relacionados ao universo dos investimentos.
Afinal, do que realmente se trata a pirâmide financeira?
A pirâmide financeira é um esquema fraudulento que propicia uma alta remuneração dos participantes, por meio da entrada de novos membros, mediante o pagamento de um valor, o qual sustenta a base do negócio. Quanto mais novas pessoas entrarem, mais lucrativa será a pirâmide para o idealizador.
Os chamados líderes encontram-se no topo da estrutura da pirâmide. No patamar inferior estão os novos membros que ingressam no sistema e no próximo patamar estão mais novos membros e assim sucessivamente.
O patamar seguinte sustenta o que existia anteriormente e quando não tem mais o fluxo de novos membros, a pirâmide desaba.
Assim, sempre é exigido um valor inicial e muitas vezes há cláusula de retenção desse valor. Na realidade, a quantia aplicada é usada para pagar os membros participantes e é por isso que as pirâmides financeiras no início cumprem o que prometem. No entanto, a longo prazo é inviável que se sustente.
No entanto, por que é muito utilizado o nome das criptomoedas nesse tipo de crime? As criptomoedas têm a característica da volatilidade e os líderes se aproveitam para prometer uma alta rentabilidade para os clientes. Além do mais, as moedas digitais são ativos relativamente novos e a população brasileira no geral ainda não está muito por dentro do assunto e os criminosos se aproveitam da falta de informação das vítimas.
Vale deixar bem claro que apenas o nome das criptomoedas são utilizados. Nem sempre há um investimento nas mesmas.
A lei ainda é escassa quanto aos crimes de pirâmide financeira, mas os estudiosos já se movimentam para que esse tipo de crime não passe impune aos olhos das vítimas e do Estado.