Enquanto isso, o maior gatilho para o curto prazo provavelmente é uma correção nos mercados de moedas. No entanto, existem muitos fundamentos que ainda não apareceram nos mercados e falando de Brasil por exemplo nos últimos 12 meses, o governo gasta R$ 750 bilhões a mais do que arrecadou via impostos. Ou seja, o governo federal se endividou em um montante de R$ 750 bilhões nesse período.
Uma visão mais ampla do mercado, apesar dos riscos do coronavírus e da crise econômica, é que ou o Congresso, Ministro da Economia, Banco Central ou uma combinação dos três se virem para o mesmo lado em socorro ao Brasil ou essa conta será bem onerosa para os brasileiros em geral.
O Banco Central em atuação de correção do mercado atuando como Trader. Muitas vezes parece estar no caminho de um trem a vapor com o Brasil sem poder pagar por uma conta insustentável. Deixando evidente que trabalha em um regime de câmbio de bandas onde o teto parece ser entre R$ 5,60 e R$ 5,65. Isso claramente contradiz declarações no passado do ministro da economia que deixaria o câmbio correr e o preço se autoajustaria.
Ministro da economia, bem conceituado, bem intencionado, ótimas ideias e um bom currículo, mas atabalhoado em falar dos projetos, números e captação de investimento estrangeiro. Lança pontas soltas ao vento, no puro otimismo.
Bem, o congresso, sendo o congresso! Só quer saber de gastar e comprometer ainda mais o PIB brasileiro, pensando em 2022.
E aí você começa a entender por que será difícil para um país ainda em desenvolvimento enriquecer e prosperar sob esse atual arranjo. Não há mágica capaz de modificar essa realidade.
Agora Olhos no Fed.
No entanto, é provável que os dados fiquem em segundo plano em relação ao sentimento do Federal Reserve e há um caminho a percorrer até a próxima reunião.
Portanto, a menos que o discurso do Fed seja em um tom acima do que vem apresentando, é improvável que o dólar suba antes do FOMC, em 15/16 de setembro. Portando temos as bandas definidas entre R$ 5,35 e R$ 5.60 considerando o humor do mercado.
Jackson Hole será, é claro, importante para os mercados de ações e o dólar.
Dada a persistente queda da inflação, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, oferecerá ao mercado alguns insights sobre a revisão da política monetária do Fed e a previsão de metas de inflação média.