O capital estrangeiro voltou com força para o Brasil. Foram 16 pregões de entrada de fluxo estrangeiro na nossa bolsa. No ano, o saldo da bolsa está positivo em mais de 71 bilhões de reais.
A expectativa é de queda na inflação no Brasil. E o dólar fechou a semana em queda por aqui cotado a R$ 5,0781 para venda, enquanto o DXY fechou em alta. Mas ainda teremos volatilidade e impactos da eleição no câmbio.
O discurso de Powell na semana passada era um dos eventos mais aguardados do ano pelo mercado financeiro. Ele disse que o Fed deve continuar elevando as taxas de juros por lá, ainda que “possa causar dor” à economia americana. Ele disse que que o Fed aumentará os juros o bastante para começar a impactar o crescimento econômico, aliviar o mercado de trabalho e derrubar a inflação, mas afirmou que o tamanho da elevação na reunião de setembro dependeria da "totalidade" dos dados antes dessa data.
Vimos na semana passada, tanto nos EUA quanto no Brasil, uma queda na inflação de julho. Fiquem de olho nos fluxos, afinal nosso juro ainda está bem interessante.
Agora vamos falar da guerra. Já faz mais de seis meses que a Rússia invadiu a Ucrânia, e os impactos desta guerra foram a alta de preços nos grãos e corte de fornecimento de gás para a Europa, dentre outros. Tudo isso, e a inflação persistente, está enfraquecendo a zona do euro e criando grande receio de uma futura recessão. O único jeito de “tentar” ajudar a Europa é subir significantemente os juros por lá agora em setembro, até porque o consumidor na zona do euro já está com um pé atrás. O BCE aumentou os juros em 0,5 ponto percentual, para zero, em julho, visando enfrentar a inflação, que agora está se aproximando dos dois dígitos. Outra alta semelhante está sendo precificada pelos mercados financeiros neste momento. Enquanto isso vemos o Euro perdendo a paridade para o dólar.
Nesta semana, as atenções do mercado ficam por conta do payroll (relatório de emprego do cidadão urbano americano). E aqui no Brasil, atenção ao PIB do segundo trimestre e taxa de desemprego contínua. Para nós do câmbio, também muito importante é considerar o final do mês e ajuste de Ptax, o que traz bastante volatilidade pela briga entre comprados e vendidos, cada grupo puxando para o seu lado.
Ainda hoje vamos sentir a repercussão da atuação dos candidatos à presidência no primeiro debate. Força, Brasil!
E para o lado bom, temos no cenário que a divisa brasileira tem se beneficiado da perspectiva de mais fluxo pelo juro alto e também de mais exportações à China, que atravessa uma grave seca e quebras de safras.
Vamos acompanhar no calendário o boletim Focus hoje e a evolução do emprego de julho no Brasil. Nos EUA, discurso do vice-presidente do Fed, Bainard. E na Europa, o pronunciamento de Laine, do BCE.
Bons negócios e muito lucro, pessoa! Que fechem agosto com os bolsos cheios!