Olha…nada é tão ruim que não possa ser piorado! Se você já estava assustado com a sacudida do mercado por causa do coronavírus, você viveu para ver o petróleo ser negociado abaixo de ZERO!!!
Guarde esta data: segunda-feira, 20 de abril de 2020, para contar aos seus netos!
Trump descreveu a queda histórica como algo de curta duração e decorrente de um “aperto financeiro”, acrescentando que o governo consideraria interromper embarques de petróleo da Arábia Saudita para alavancar o mercado.
Trump afirmou também que seu governo planeja preencher as reservas de emergência de petróleo do país em meio ao forte recuo nos preços da commodity.
O Departamento de Energia dos EUA está no processo de locação de parte do espaço disponível de 77 milhões de barris nas reservas para petroleiras norte-americanas, visando ajudá-las a lidar com a escassez de espaços de armazenamento à medida que a pandemia de coronavírus destrói a demanda por energia.
O contrato de primeiro mês do petróleo nos EUA colapsou para nível negativo nesta segunda-feira pela primeira vez na história, diante do excesso de oferta relacionado aos “lockdowns” forçados pelo coronavírus. O vencimento terminou o dia cotado a -37,63 dólares por barril.
RESUMINDO: tem tanto petróleo disponível no mundo hoje que as empresas não têm mais onde armazenar. É caro estocar petróleo.
Sendo assim, para os contratos que venceriam em maio, o mercado optou por “pagar”, isso mesmo, deixar o valor do óleo negativo para estimular a desova da commodity.
Os compradores ganhariam dinheiro para levar o Petróleo embora. Os grandes players já visam a próxima rodada para o vencimento em junho na expectativa de equilíbrio.
A queda na demanda global está na casa de -30%. Um terço do mercado de petróleo extinguiu-se temporariamente devido à quarentena que diminuiu o consumo.
Agora, vamos dar uma olhada no gráfico.
Note como tínhamos uma zona importante de suporte que se desenhava entra a mínima histórica anterior em 19.25 até os 27.50.
Esta região foi pulverizada ontem! A nova mínima histórica está em 11.55.
A recente reunião da OPEP+ com alguns outros importantes players, que definiu uma redução da produção na casa de -10 milhões de barris por dia, parece não ter surtido o efeito esperado.
Mesmo com a redução, ainda é muito petróleo produzido no mundo em relação ao consumo de momento.
Se tivermos mais acordos que poderão ajudar a equilibrar os preços, analisando uma eventual subida, a cotação ainda poderia ter que superar a faixa entre 19.25 até 27.50 para poder abrir espaço para um rali no médio a longo prazo capaz de testar os 42.35.
Fundo? Ainda não sabemos…por enquanto segue marcado os 11.55 como nova mínima histórica.