Por mais de uma vez, citei aqui o potencial de volatilidade do presidente Trump e seus tweets, ganhando atenção global cada vez mais.
Em vista à proximidade de um acordo com a China, que tem o potencial de alterar as perspectivas para a atividade econômica global no próximo biênio, o novo alvo foi o petróleo.
A commodity ganhou força juntamente com o mercado pela manhã com os sinais de avanços nas conversações, porém ao dizer para a OPEP “Take it Easy”, “Vai com Calma” com os preços, o presidente americano se adiantou à uma bastante possível alta baseada na melhora da performance da economia.
Em termos globais, isso não chegou a ser um problema, porém, as ações da Petrobrás sofreram o impacto direto de tais declarações e adicionado à noção, conforme citamos ontem, de que sequer a CCJ foi escolhida na câmara passaria as discussões da reforma para depois do carnaval levou o mercado à contramão da tendência internacional.
Como nos EUA, continuamos mais condicionados às externalidades e ao contexto político do que aos indicadores econômicos, pois a inflação continua a representar pressões tão somente sazonais no Brasil, assim como a atividade econômica prescreve uma política monetária estimulativa.
O desafio continua agora para Campos Netto.
No exterior, pouco se discutem as mudanças de política monetária das economias centrais, apesar do consenso de um possível ciclo de apertos no futuro e nos EUA, a inflação deve ser o dominante para a mudança do atual status, algo a ser observado de perto hoje no discurso de Powell.
Daí o peso redobrado da geopolítica e dos tweets do presidente americano.
O prazo para tal movimento acabar é 2020, ou 2024.
Atenção hoje aos resultados de Enel (MI:ENEI), AES, Marcopolo (SA:POMO4), Carrefour (SA:CRFB3), Raia Drogasil (SA:RADL3), Paraná Banco, Wiz (SA:WIZS3), OdontoPrev, SulAmérica (SA:SULA11) e Iguatemi (SA:IGTA3).
CENÁRIO POLÍTICO
Conforme citamos ontem, o presidente da câmara, Rodrigo Maia confirmou que sequer se definiram os cargos da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que analisaria a proposta da reforma da previdência e deve mesmo ficar para após o carnaval.
Ainda ontem, o DEM deu um puxão de orelha interno, indicado que não colocará nada na mesa para negociação com o governo, principalmente por ser um dos maiores beneficiados em termos de ministérios e posições em diversas alçadas do governo.
Elmar Nascimento fez certo ao ‘puxar a orelha’ de Sóstenes Cavalcante.
Por vezes, o fisiologismo é irresistível para alguns congressistas brasileiros.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com a expectativa por detalhes do acordo China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo as expectativas para o comércio.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos até os 10 anos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção do paládio.
O petróleo abre em alta, após a forte queda de ontem com os tweets de Trump
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7471 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,079%
Dólar / Yen : ¥ 110,81 / -0,225%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,695%
Dólar Fut. (1 m) : 3739,71 / 0,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,08 % aa (0,43%)
DI - Janeiro 23: 8,21 % aa (0,74%)
DI - Janeiro 25: 8,73 % aa (0,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,66% / 97.240 pontos
Dow Jones: 0,23% / 26.092 pontos
Nasdaq: 0,36% / 7.554 pontos
Nikkei: -0,37% / 21.449 pontos
Hang Seng: -0,65% / 28.772 pontos
ASX 200: -0,94% / 6.128 pontos
ABERTURA
DAX: -0,245% / 11477,15 pontos
CAC 40: -0,299% / 5216,21 pontos
FTSE: -0,993% / 7112,44 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 98018,00 pontos
S&P Fut.: -0,229% / 2790,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,407% / 7096,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,04% / 81,36 ptos
Petróleo WTI: 0,00% / $55,48
Petróleo Brent:0,40% / $65,02
Ouro: -0,05% / $1.326,89
Minério de Ferro: -0,25% / $87,94
Soja: -0,12% / $16,47
Milho: 0,00% / $370,50
Café: 0,00% / $96,40
Açúcar: -0,38% / $13,06