A aprovação da TLP no senado ontem abre um precedente inédito para os juros nominais no Brasil, onde a equalização das taxas livres e administradas abrirá espaço para o ressurgimento de mercados importantes como o de debentures, praticamente morto no Brasil.
Além do obvio espaço para a redução dos juros em níveis civilizados e gerar o estímulo de consumo, tão necessário neste momento para a atividade econômica, abrem-se possibilidades enormes quanto ao futuro do crédito no Brasil.
De semelhante importância, as ações de cunho microeconômico sendo adotadas pela equipe econômica de modo a estimular a concorrência de setores como meios de pagamento e a nova lei de recuperação judicial tende a melhorar a qualidade de crédito no segmento de middle.
Além disso, a própria reforma da previdência pode avançar e no seu encalço, trazer a reforma tributária, com a unificação de diversos impostos, facilidade na coleta e desburocratização, principalmente contra a guerra fiscal entre estados. Estamos em obras.
CENÁRIO POLÍTICO
Mais de R$ 51 milhões em malas e caixas. Poucas coisas simbolizaram tanto a corrupção neste país quanto a quantidade de dinheiro em espécie encontrado ontem num apartamento supostamente de Geddel.
E não adianta a oposição tentar capitalizar isto e diminuir os ganhos da situação no caso JBS/Janot, pois Geddel foi pessoa de tráfego intenso em todos os lugares desde os governos passados e o respingo pode atingir a todos.
Com a denúncia de Lula, Dilma e co. ltda., Janot parece entender o tamanho do erro ao ele mesmo cair na armadinha dos irmãos Batista, cedendo vantagens nababescas em nome de informações ditas valiosíssimas e tenta reverter parte daquilo que criou no passado.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é queda na sua maioria e os futuros em NY operam alta, ainda respondendo às ameaças de “novos presentes” do diplomata norte-coreano. Na Ásia, o fechamento foi negativo na sua maioria, seguindo as tensões na península coreana.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, após abertura positiva, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro ganha um alívio, após semanas seguidas de alta e o minério de ferro cai, com a notícia da redução das importações em portos chineses, em resposta à oferta abundante nos estoques.
O petróleo abriu positivo em Londres e em NY, mesmo com o alívio dos furacões na região produtora do Texas.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1174 / -0,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,126%
Dólar / Yen : ¥ 108,85 / 0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,107%
Dólar Fut. (1 m) : 3129,88 / -0,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,55 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,12 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 21: 9,07 % aa (-1,41%)
DI - Janeiro 25: 10,01 % aa (-1,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,03% / 72.151 pontos
Dow Jones: -1,07% / 21.753 pontos
Nasdaq: -0,93% / 6.376 pontos
Nikkei: -0,14% / 19.358 pontos
Hang Seng: -0,46% / 27.614 pontos
ASX 200: -0,29% / 5.690 pontos
ABERTURA
DAX: -0,073% / 12114,84 pontos
CAC 40: -0,268% / 5072,93 pontos
FTSE: -0,611% / 7327,87 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72726,00 pontos
S&P Fut.: 0,008% / 2459,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,097% / 5945,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,04% / 85,33 ptos
Petróleo WTI: 0,43% / $48,87
Petróleo Brent:0,96% / $53,89
Ouro: -0,07% / $1.338,83
Minério de Ferro: -0,12% / $77,68
Soja: 1,93% / $18,38
Milho: -0,22% / $343,50
Café: -0,98% / $126,50
Açúcar: -0,50% / $13,96