Agora sim, parece que momentaneamente a maior preocupação se volta ao risco de recessão e teto de gastos nos Estados Unidos.
Logo após a divulgação dos dados de inflação Norte Americana, CPI (Indice de Preços ao Consumidor) as atenções se viraram majoritariamente para o lado da reativação da atividade econômica e mais ainda ao risco de calote na dívida dos EUA, reflexo do risco de estourar o teto de gastos. Qualquer semelhança não é coincidência com o que acontece por aqui, a grande diferença foi que a retomada econômica no Brasil se deu de forma menos acentuada, principalmente pelos apertos feitos pelo Banco Central de forma antecipada, utilizando a elevação exponencial da taxa de juros como ferramenta no controle dos preços em detrimento da atividade econômica.
Ainda que supostamente não tenhamos que elevar ainda mais nossa SELIC, atualmente em 13,75% aa, investimentos mais conservadores aqui do Brasil se manterão atraentes por um longo período, dessa forma, com a retomada gradual da indústria tanto no âmbito doméstico como nos demais países, certamente continuará atraindo capital externo para nossos ativos locais, influenciando tanto em nossa Bolsa de Valores, quanto no Dólar.
CPI Norte Americano apontado nesta quarta feira em linha com a expectativa e o índice medido anual reduzindo de 5% para 4,9% alivia a pressão sobre o FED para o aperto nas taxas de juros, ainda que membros do FOMC tem declarado vontade de alcançar a marca de 2%, faz os olhos dos investidores se voltarem, momentaneamente , para a atividade econômica. Este alívio dos EUA, somado à retomada Chinesa e o esfriamento nos embates da base do governo com o ainda atual presidente do Banco Central do Brasil, Campos Neto, direciona o preço do Dólar para baixo. Já faz algumas semanas que a moeda Americana trabalha relativamente confortável nas regiões mais baixas, por vezes cotada a R$4,90 - R$4,75. Este nível de preço parece que poderá ser rompido caso as condições de alívio se mantenham até o fim da semana com os dados de inflação ao produtor (IPP) venha relativamente controlado.
Em períodos como este, jamais podemos deixar de considerar o potencial de reversão do cenário atual diante de reais ameaças às economias ainda presentes, capazes de elevar as tensões novamente e orientar o preço do Dólar de volta para regiões próximas a R$5.175,00. Por enquanto, parece estar sendo conduzido ao nível de R$4870,00 - R$4830,00 e, deste para baixo, a próxima parada deve estar a 200 pontos.
Colaboração: Marcos Alexandre Pinto