Após um período de férias retorno ao Brasil, e ao me atualizar por meio das minhas leituras e visualizações de conteúdos, me deparei com uma colocação no mínimo interessante que ouvi em um destes materiais e com ela quero começar este artigo:
“A Venezuela não imaginava que poderia virar uma Cuba..., mas virou! A Argentina não imaginava que poderia virar uma Venezuela..., mas virou! O Brasil não imagina que pode virar uma Argentina...” . É por onde vou começar....
Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou seu relatório Monitor Fiscal, trazendo à tona dados preocupantes sobre a situação da dívida pública brasileira. O Brasil, ao lado da Ucrânia (um país em guerra), figura como o terceiro país mais endividado entre as nações emergentes. Neste contexto cabe destacar as implicações para a economia do país.
No contexto internacional, o relatório do FMI chama a atenção para a situação da dívida pública bruta no Brasil, projetando que ela atingirá 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Além disso, se não houver mudanças significativas na condução e responsabilidade com a política econômica, esse número pode saltar para 96,2% do PIB até 2028.
O Brasil está apenas atrás do Egito, que lidera a lista com um endividamento bruto correspondente a 92,7% do PIB, e da vizinha Argentina, que enfrenta uma séria crise financeira e detém uma dívida de 89,5% do PIB.
Para entender a gravidade da situação, é essencial entender o conceito de PIB, que se refere à soma de tudo o que é produzido em um país em bens e serviços. De acordo com as previsões do FMI, o PIB brasileiro deverá alcançar a marca de US$ 2 trilhões.
A relação entre dívida e PIB é um indicador crítico utilizado para avaliar a capacidade de um país de cumprir seus compromissos com credores, ou seja, é um indicador crucial de confiança e credibilidade. O relatório do FMI também estima que o endividamento médio de nações emergentes atingirá 68,3% do PIB em 2023.
Falando do impacto da pandemia, o documento do FMI destaca que a dívida pública global está consideravelmente mais alta e prevê que continuará a crescer a uma taxa mais rápida do que nas projeções anteriores ao COVID 19.
De volta a terras tupiniquins, além de analisar a dívida, o relatório do FMI projeta que o governo central brasileiro terminará o ano com um déficit primário de 1,2% do PIB, uma estimativa mais otimista em comparação com a previsão anterior, divulgada em abril, que indicava um déficit de 2%.
As projeções apontam que as contas públicas permanecerão deficitárias em 2024, com um déficit de 0,2%, antes de se reverterem para um superávit de 0,2% em 2025. O relatório enfatiza que essas projeções estão diretamente relacionadas à política econômica em vigor.
Em conclusão, o relatório do FMI destaca a importância de acompanhar de perto a evolução da dívida pública brasileira, bem como o impacto das políticas econômicas adotadas. A situação da dívida é um fator crítico para determinar a capacidade do Brasil de cumprir seus compromissos financeiros e sustentar um crescimento econômico saudável. Portanto, é crucial que o país e seus líderes estejam atentos a esses desafios e busquem soluções que garantam a estabilidade econômica a longo prazo.