O cenário de melhora global nos ativos de risco após o banco central dos EUA evitar novas surpresas de alta para os juros na ata de sua última reunião de política monetária fez o dólar despencar ainda mais por aqui e fechar ontem a R$ 5,129. Agora o novo piso de testes é R$ 5,10. Na máxima, o dólar bateu R$ 5,179.
A ata disse que a economia americana deve desvencilhar das medidas de política monetária acomodatícia com um ritmo mais rápido de aumentos na taxa de juros e uma redução "significativa" no tamanho do balanço patrimonial.
O movimento de fluxos de capital para o Brasil continua grande. Contribuiu para a valorização do real o avanço de mais de 3% no preço do minério de ferro, trazendo uma melhora no comércio exterior do Brasil e ajudando também outras divisas emergentes e ligadas a commodities.
A ata do Fed mostrou que, com a inflação ampliando seu impacto na economia e um mercado de trabalho forte, é hora de apertar a política monetária, mas também que as decisões dependeriam de uma análise de dados feita reunião a reunião. Atualmente, investidores esperam que o Fed comece a aumentar as taxas de juros em março com uma elevação inicial de 0,50 ponto percentual e que continue a subir os juros ao longo do ano.
CONFIRA: Projeções da taxa de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve
Segundo o FMI, a inflação está acima das metas dos bancos centrais na maioria das economias do G20 apesar do crescimento mais fraco e continua sendo um "risco significativo". Mas o aumento dos preços deve moderar gradualmente neste ano na maior parte das economias. Disse também que os bancos centrais em economias emergentes devem se preparar para choques adversos se a inflação continuar a subir nas principais economias e eles adotarem altas de juros mais fortes do que o esperado, caso aqui do nosso Brasil.
Na agenda de hoje, o tradicional dado semanal de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA.