O Brasil, de fato, caminha para se tornar o “celeiro do mundo”. Isto porque a força do nosso agronegócio não vem de um passado recente, mas de uma cultura que já é secular por aqui, com produtores sempre em busca da evolução.
E ela tem acontecido. Um estudo da Embrapa mostra que a participação brasileira no mercado mundial de alimentos saltou de US$20,6 bilhões para mais de US$100 bilhões em um intervalo de apenas dez anos.
Hoje, o maior mercado agrícola do mundo continua sendo dos Estados Unidos, mas algumas projeções mostram que o Brasil deve superar os norte-americanos nos próximos anos.
O mesmo estudo citado no parágrafo acima também mostrou que somos os responsáveis pela comida de mais de 800 milhões de pessoas no mundo.
E isso é realmente muita coisa!
Afinal de contas, somos uma potência em produção alimentícia e ninguém vive sem comida, não é mesmo?
Mas, o que a Faria Lima tem a ver com isso?
Bom, talvez muita gente não saiba, mas cerca de 25% do dinheiro destinado para crédito agrário tem a sua origem no mercado de capitais, com produtos como LCAs, CRAs e, mais recentemente, os FIAGROS.
Dados da Anbima ajudam a ilustrar o que eu estou dizendo. Um levantamento da entidade mostrou que a procura por investimentos no setor tem aumentado.
As LCA’s, por exemplo, tiveram um crescimento de mais de 36% em 2023, alcançando um total investido de R$420,8 bilhões. Já os CRA’s também subiram cerca de 31,4%, o que elevou o volume financeiro da classe para mais de R$94 bilhões.
E, certamente, este é um mercado que continuará em crescimento.
Alguns especialistas dizem que o Brasil provavelmente ganhará mais importância na produção mundial de alimentos nos próximos anos, especialmente, com o avanço tecnológico que ajudará a aumentar a produtividade.
Parte considerável do dinheiro que será utilizado para viabilizar negócios e outros projetos, sem dúvida, passará pela Faria Lima, através do mercado de capitais, como já tem ocorrido.
Não à toa, vemos instituições como a própria Galapagos Capital, onde eu trabalho, aumentando o seu market share dentro do setor.
Este ano, por exemplo, ela estará presente pela segunda vez consecutiva na Agrishow, que acontecerá na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e reunirá nomes importantes dessa indústria.
Lá, os especialistas do mercado e do campo se encontram para discutir as perspectivas para o agro brasileiro e falar sobre tendências para o setor.
Do lado do investidor, na medida do possível, é fundamental acompanhar este e outros tipos de conteúdos.
Os motivos são simples. Um brasileiro que não olha para o agronegócio é como um norte-americano que não gosta de tecnologia.
Trata-se de um dos nossos maiores ativos e, sim, olhando para a relação de risco e retorno, vale muito a pena ter exposição ao setor na carteira.
Ainda que algum leitor não se sinta seguro e confortável para colocar parte de seus recursos na classe, começar os estudos sobre o assunto é muito importante para que esta pessoa se torne um investidor cada vez mais completo e preparado.
Pense nisso e até o próximo artigo!