Para quem tem dúvida se vale ou não a pena investir em Fiagros, a informação de que os investidores desses fundos receberam, em média, dividendos com valorização de 148% do CDI, pode ajudar a acabar com a incerteza e servir de empurrão para a compra de cotas desta que é a mais nova opção de investimento do Brasil.
E isso depois de um 2023 com muitos problemas no agronegócio por causa das fortes chuvas no Sul ou em função de estiagem em localidades do Centro-oeste e do Norte. A boa rentabilidade apresentada também serve para reduzir a preocupação de investidores a respeito da redução da próxima safra em comparação com a anterior.
Especialistas no tema, inclusive gestores de Fiagros avaliam que até pode haver redução da produção, mas o impacto tende a ser pequeno e não atingirá todas as plantações e todas as criações de animais no território nacional. Assim, um ou outro fundo pode ser afetado, mas não a totalidade deles.
Aliás, como costumo dizer, crises são cíclicas e se causam perdas também geram oportunidades. E pelo visto, a quantidade de investidores que já perceberam isso está aumentando. Os dados da Anbima a respeito do desempenho dos Fiagros não me deixam mentir.
Em janeiro de 2024, o patrimônio líquido dos Fiagros atingiu R$ 34,4 bilhões, aumento de 42,1% em relação ao mesmo período de 2023, quando havia alcançado R$ 24,2 bilhões. Na comparação com dezembro de 2023 houve acréscimo de R$ 200 milhões.
Ao todo existem 96 fundos, um a mais do que em dezembro último. Em janeiro de 2023 existiam 58. A categoria Fiagro-FII continua sendo a mais representativa, com R$ 17,1 bilhões. Já os Fiagros-FIP somam R$ 13,5 bilhões e os Fiagros-FIDC chegam a R$ 3,9 bilhões. Não dá para negar que a evolução foi consistente no último ano demonstrando que os Fiagros cada vez mais desempenham um papel importante no financiamento do agronegócio.
Esse fato não deixa espaço para dúvidas. Como afirmou Sérgio Cutolo, vice-presidente da Anbima, o produto, além de rentável, é opção a ser considerada para diversificação da carteira. E ficará ainda mais atraente com a normatização do Fiagro multimercado pela CVM, após encerramento da consulta pública.
E se ainda há resistência por conta da redução gradativa da taxa Selic,que pode prejudicar o rendimento, temos de lembrar que a redução influencia outros tipos de investimentos, não só o Fiagro. Além disso, o mais importante a ser considerado é o ganho real que as aplicações financeiras podem ou não proporcionar.
No caso dos Fiagros, existe a expectativa de que o ganho real será mantido. Claro que, como em qualquer aplicação, é preciso que o investidor avalie os fundamentos dos ativos que compõem o portfólio do Fiagro escolhido e se tais ativos são os mais adequados para o momento econômico. Com números tão positivos e uma análise profissional no momento da escolha, sem dúvida, os riscos podem ser mitigados de maneira expressiva, fator que faz deste tipo de fundo uma boa opção para diversificação da carteira.
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