Ainda não temos uma nu coin, mas definitivamente o Nubank está flertando com cripto.
Não sei se existe algum projeto dentro da empresa de experimentar blockchain e suas maravilhas, o que quero focar aqui é como o programa NuSócios é uma pontinha de experimento cripto.
Primeiro, vamos explicar exatamente o que o roxinho está fazendo.
A empresa pretende fazer um IPO (oferta de ações) na Nasdaq, Bolsa americana, mas antes irá permitir que os seus clientes/fãs comprem um pedacinho da fintech.
A ideia é ótima porque permite que os clientes do banco possam se expor ao crescimento da empresa no longo prazo, até mesmo antes do IPO.
E a postagem no blog usa inclusive métodos de venda que se assemelham as ofertas de tokens do mundo cripto.
Como a oferta é limitada e o Nubank de fato tem uma comunidade muito forte, não me assustaria se os “pedacinhos” do banco se esgotassem rapidamente.
E todo esse mecanismo é o que acontece em cripto, pois o token de um projeto nada mais é que o instrumento que alinha os sócios da empresa com a comunidade.
No entanto, a diferença crucial no experimento do Nubank é que a possibilidade de lucro da comunidade só aconteceu ao final de todo o ciclo de investimento privado do banco.
Ou seja, o grande ganho fica novamente nas mãos dos fundos de investimento de risco, assim como vimos no ciclo das big techs.
Acredito que essa iniciativa do Nubank pode gerar um precedente para outros IPOs futuros que quiserem usar o poder da sua comunidade a seu favor e oferecer a chance de serem sócios do negócio.
No limite, alguns entenderão para que serve um token e a mecânica criada por esse instrumento.
Se isso acontecer, teremos uma roda de empresas que vão querer ter um token em sua estrutura de negócio, o que vai acelerar a adoção cripto.
Mas o ganho mais óbvio do mercado não está em saber como esses desdobramentos ocorrerão.
A grande oportunidade ainda nesse ciclo de adoção dos tokens serão as plataformas de contrato inteligente, como o Ethereum.
Ou melhor, serão as smartcoins.