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Novo Atraso no Acordo EUA-China Gera Impaciência no Mercado de Soja Americano

Publicado 04.12.2019, 11:35
Atualizado 02.09.2020, 03:05
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Donald Trump já prometeu dar um presente de 50 bilhões de dólares por ano aos investidores e produtores de soja nos EUA.

Mas, desde que o presidente norte-americano fez essa promessa, alegando que a China compraria US$ 50 bilhões em produtos agrícolas do país por ano durante a primeira fase do acordo comercial, a esperança dos mercados de grãos por um acordo iminente acabou se transformando em pranto e desespero.

Por isso, quando Trump anunciou na terça-feira que o pacto com China provavelmente só será concluído após 2020 – a fim de evitar que Pequim se aproveite da proximidade das eleições presidenciais dos EUA no ano que vem para pressioná-lo por um acordo favorável a eles –, o cansaço de toda a comunidade agrícola ficou patente.

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O mercado de soja norte-americano – que deve ser o maior beneficiário de um eventual acordo com a China – surpreendentemente fechou no positivo, após 10 dias no vermelho, sugerindo que todo esse falatório em torno da questão comercial finalmente havia acabado, e o mercado poderia voltar a se concentrar nos fundamentos “reais”.

“O alarido da guerra comercial não acabou, mas felizmente os mercados de grãos parecem estar olhando para além dessa notícia”, declarou Dan Hueber, fundador do Hueber Report, uma consultoria de risco agrícola sediada em St. Charles, Illinois.

Hueber observou que o atraso no acordo com a China não foi a única notícia ruim nos mercados de commodities na terça-feira. Menos de 24 horas antes, o governo Trump também havia anunciado tarifas sobre todas as importações de aço a alumínio do Brasil e da Argentina e ameaçou elevar em 100% os encargos sobre US$ 2,4 bilhões em produtos franceses, como queijo, champanhe, entre outros.

Os preços do milho também caíram levemente nos EUA na terça-feira. Apenas o trigo foi mais afetado, mas por causa da sua condição sobrecomprada, diante dos temores de restrição de oferta, segundo operadores.

Hueber disse ainda:

“Acredito que a fatiga com essa questão tarifária está ficando cada vez mais arraigada na mente do mercado”.

Por outro lado, os mercados acionários ficaram mais “instáveis” com o anúncio de Trump sobre a China, observou Hueber, haja vista que as ações em Wall Street sofreram sua maior queda diária em dois meses.

Com isso, como ficaria o mercado de soja americano, sob a ótica dos fundamentos, já que as grandes compras da China estão fora de cogitação? É preciso considerar ainda que está chegando o prazo de 15 de dezembro para a aplicação de mais tarifas punitivas de ambos os lados.

De acordo com a Perspectiva Técnica Diária do Investing.com, os futuros de soja negociados em Chicago para entrega em janeiro continuam com uma posição de “Forte Venda”. Mesmo assim, é possível que o contrato teste US$ 8,8336 por bushel em um repique, contra o fechamento de US$ 8,7275 de terça-feira.

Segundo Jack Scoville, analista-chefe de grãos da corretora Price Futures Group, de Chicago:

“A safra norte-americana está entrando em seus estágios finais agora, e muitos produtores estão colocando sua soja em armazéns, em vez de vendê-la. Isso consolidou o suporte para o grão no país e no Golfo do México”

Scoville concorda com Hueber que o mercado “está cansado de ouvir sobre o possível acordo comercial EUA-China e quer ver um avanço concreto”.

No caso dos futuros de milho, a Perspectiva Técnica Diária do Investing.com recomenda “Forte Compra” para o contrato de março, prevendo resistência a US$ 3,8820 por bushel, contra o fechamento de terça-feira a US$ 3,8150.

“Embora o milho de março não tenha rompido uma resistência-chave, continua flertando com o patamar de resistência em torno de US$ 3,83", declarou Hueber.

“Os indicadores viraram para a alta, e podemos fechar acima da média móvel de 21 dias. O caminho de menor resistência deve estar mudando para cima”.

Para os futuros de trigo para entrega em março, a recomendação do Investing.com é “Neutra”, com resistência a US$ 5,5294 por bushel e suporte a US$ 5,0272. O fechamento de terço foi a US$ 5,2538.

Segundo Scoville:

“Os preços mundiais do trigo ainda serão regidos pelo que acontecer na Europa e na região do Mar Negro, e os preços norte-americanos devem seguir essa tendência, na medida em que o país tenta competir pelas vendas. Os padrões gráficos diários e semanais sugerem mais pressão altista nos preços nesta semana.”

Deixando de lado os fundamentos agrícolas, o posicionamento dos fundos nos grãos também está ficando positivo, impulsionando os preços.

Hueber disse ainda:

“Não é surpresa para ninguém que vem acompanhando o mercado de soja ultimamente que os fundos especulativos tenham montado posições recordes na venda.”

“Eu não diria que o barco está prestes a virar, mas sem dúvida começa a pender para um lado.”

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