Não é preciso se estender muito com algo que já é de conhecimento coletivo. A pandemia afetou o mundo de tal forma que o ambiente econômico se tornou complexo. Vemos uma recuperação se desenhar no horizonte, mas o Brasil parece ficar para trás por conta da lentidão na vacinação. Neste momento, passamos da marca de 3 mil mortes por dia e quase todo o país entrou em lockdown novamente.
A partir disso, como o investidor deve se posicionar? É sobre isso que iremos tratar no artigo de hoje.
Em primeiro lugar, vale traçar um paralelo entre o cenário brasileiro e o mundial. Sabemos que países desenvolvidos têm vacinado a um ritmo muito forte, o que, sem dúvidas, favorecerá a retomada econômica.
Por se tratarem de economias mais estáveis, a recuperação também deve seguir o seu curso sem grandes percalços, apesar da preocupação inflacionária.
Além disso, a China também tem demonstrado sinais de forte retomada. Vale lembrar que os chineses foram os únicos a fecharem o ano de 2020 com PIB positivo no mundo todo.
Aqui no Brasil, porém, o cenário é diferente. A vacinação tem sido lenta e enfrentamos uma segunda onda do coronavírus, o que obrigou diversos governadores e prefeitos a “fecharem” a economia.
Por outro lado, também temos o problema da escalada da inflação, o que obrigou o Copom a agir e elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 2,75%.
Mas, o que o investidor deve fazer com o seu portfólio diante deste cenário, Rebeca?
Vale destacar que em um ambiente de inflação alta, é fundamental buscar retornos que ajudem a preservar o valor do seu capital ao longo dos anos.
Pode soar repetitivo, mas para isso diversificação é o caminho. Com cenários tão diversos e, diria, até mesmo instáveis, capturar movimentos de mercado no 'timming' correto só é possível desta forma.
Para citar alguns exemplos, eu diria que os segmentos que compõem o setor de commodities devem continuar sendo beneficiados pela retomada econômica, sobretudo, quando uma parcela maior da população mundial estiver imunizada.
Outro caminho interessante é olhar para ativos internacionais ou baseados em mercados externos, como os ETFs.
No mercado brasileiro, aparentemente, vemos uma nova postura do governo em relação ao processo de vacinação. Diversos analistas têm ressaltado que a nossa bolsa conta com bons ativos descontados que devem se recuperar no pós-pandemia.
Caso a população seja vacinada de forma rápida e as reformas que garantem o equilíbrio fiscal avancem, possivelmente teremos bons resultados no nosso Ibovespa ainda em 2021.
E isto se deve muito ao fluxo de capitais estrangeiro também. Com juros baixos em todo o mundo, os países emergentes se tornam um caminho natural para os investidores. Para isso, porém, é preciso que o Brasil tenha feito a sua lição de casa.
Se você ainda tem dúvidas sobre qual caminho seguir, não deixe de buscar ajuda de um profissional. O momento exige cautela e capacidade técnica para encontrar boas oportunidades.