Sem grandes novidades, o BC reafirma tanto um corte de juros mais modesto no futuro (75 BP), quanto a influência da questão política na decisão do COPOM.
O contexto macroeconômico dá abertura para a continuidade do corte de juros, inclusive explicitado em possíveis 8,5% aa no parágrafo 15 da ata, todavia o grau elevado de incerteza nos juros estruturais e na atividade econômica, como explicitados no parágrafo 17 demonstram que o BC pode tomar a decisão mesmo com um cenário considerado tenso.
Reforçamos nossa expectativa de cortes de 75 BP para a próxima reunião e mantemos nossa projeção de juros em 2017 aos 9% aa, coincidentes ao contexto de maiores incertezas. O aprofundamento é totalmente possível, dependendo dos avanços políticos.
Um ponto importante. Consideramos que 2017 é o “ano ganho” para autoridade monetária, em vista à conjuntura inflacionária benigna e a atividade econômica sem respostas mais críveis, porém as dúvidas se concentram em 2018 e o impacto de uma possível ausência das reformas nos juros estruturais e no rumo dos preços.
O caráter estrutural e de longo das reformas dá espaço para que sejam aprovadas até com relativo atraso, porém serão inegáveis os impactos nas incertezas dos consumidores e empresas e podem alterar as projeções para o crescimento econômico no próximo ano.
CENÁRIO POLÍTICO
A definição do TSE hoje pode ser um elemento de estresse no mercado financeiro, apesar da grande relativização recentes dos eventos, não somente no Brasil, porém em nível global.
Como citamos ontem, sequer a magnitude dos eventos ocorridos recentemente tem sido suficiente para reverter a posição “positiva” dos investidores e a questão política precisa passar um recrudescimento para gerar maior influência.
Com a volatilidade em níveis historicamente baixos, as questões políticas têm influenciado cada vez mais os volumes do que as tensões do mercado.
E apesar do baixo cacife político, a possibilidade e absolvição de Temer ou mesmo o adiamento para o próximo semestre da questão por parte do TSE é grande em vista à questão econômica vigente.
CENÁRIO DE MERCADO
O cenário continua influenciado no fronte externo pelo isolamento do Catar, tensões com ataques terroristas e agora a eleição no Reino Unido e reunião do BCE.
A abertura na Europa é de queda generalizada e a mesma tendência é observada nos futuros das bolsas em NY.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com queda no rendimento em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, o ouro sobe com o aumento das tensões globais e o minério de ferro operam em alta no porto de Qindao.
O petróleo opera em queda em NY e Londres, ainda pela tensão no oriente médio com a questão do Catar.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2966 / 1,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,053%
Dólar / Yen : ¥ 109,49 / -0,869%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,015%
Dólar Fut. (1 m) : 3312,50 / 1,22 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,56 % aa (0,10%)
DI - Janeiro 21: 10,61 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 25: 11,20 % aa (0,72%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,10% / 62.450 pontos
Dow Jones: -0,10% / 21.184 pontos
Nasdaq: -0,16% / 6.296 pontos
Nikkei: -0,95% / 19.980 pontos
Hang Seng: 0,52% / 25.997 pontos
ASX 200: -1,52% / 5.667 pontos
ABERTURA
DAX: -0,682% / 12735,48 pontos
CAC 40: -0,431% / 5285,02 pontos
FTSE: -0,052% / 7521,82 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62570,00 pontos
S&P Fut.: -0,090% / 2432,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,081% / 5876,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 82,13 ptos
Petróleo WTI: -0,02% / $47,39
Petróleo Brent:-0,14% / $49,40
Ouro: 0,94% / $1.291,86
Minério de Ferro: -1,39% / $55,49
Soja: -0,23% / $17,62
Milho: -0,20% / $372,25
Café: 0,16% / $128,65
Açúcar: 1,08% / $14,04