Com a aprovação do pacote fiscal de quase US$ 2 trilhões pelo Senado americano, a política monetária deve ganhar mais um aliado na guerra pela recuperação econômica no mundo pós-pandemia. De fato, os banqueiros centrais eram questionados por duas categorias de erros na condução da política monetária.
O primeiro tipo acontece durante uma contração econômica, em que o banco central mantém a taxa de juros muito alta, ou melhor, não corta na velocidade necessária. Essa ação acelera o processo recessivo. O segundo ocorre durante a recuperação econômica, quando o banco central mantém a taxa de juros baixa durante muito tempo em relação ao “equilíbrio de longo prazo”, o que pode gerar bolhas nos mercados de ativos financeiros.
A liquidez abundante gerada pelo medo de cometer o erro tipo 1 era praticamente um seguro para investimento em países emergentes. As novas medidas fiscais permitem uma normalização mais rápida da política monetária americana de forma a evitar o erro tipo 2.
As apostas nos ativos dos países emergentes ainda não consideram essa mudança do mix de política econômica.