Todas as atenções ao CPI, inflação ao varejo nos EUA, com projeção de leve deflação de -0,1%, ante estabilidade no mês anterior, em partes resultado da queda do preço do barril do petróleo e da desova dos estoques reguladores americanos, afetando os custos de combustíveis, como o ICMS no Brasil.
Diferentemente do Brasil, onde o custo de alimentação tem dado sinais de alívio em todas as coletas de preços, desde a alimentação fora do lar, até produtos no atacado, a descompressão nos EUA é concentrada em transportes e a expectativa é de que a inflação anual caia de 8,5% para 8,1%.
Obviamente, tanto aqui, como no exterior, as ações mais recentes de combate à inflação têm focado na questão eleitoral no último trimestre, portanto as ações de combate ao aumento de preços têm prazo relativamente definido para acabar.
Novembro é a data limite em três localidades importantes: EUA, Brasil e China, pois o processo eleitoral nas três localidades pauta grande parte das ações governamentais no momento e a disputa pelo poder.
Do lado chines, a inflação não é a maior preocupação, mas sim os efeitos dos lockdowns intermitentes em diversas localidades, o que tem afetado as perspectivas eleitorais de Xi Jinping para novembro, na concorrência com o premiê, Liu Keqiang, que anunciou esta noite medidas de estímulo à economia.
Xi tem levantado o estandarte dos lockdowns desde o início, porém com enorme insatisfação popular, ainda que a economia industrial tenha conseguido entregar alguma coisa nos últimos meses, graças às intervenções de Liu.
Na Europa, o processo eleitoral não pauta as ações de combate à inflação, ainda focadas no aperto monetário, pois o alívio das pressões que ocorrem em outras localidades, em especial energia, falham em atingir o bloco.
A Alemanha registrou hoje inflação dentro das expectativas, porém com pressões marginais e recordes anuais de 7,9% no índice cheio e 8,8% no harmonizado, com pior nos índices Zew de expectativas e situação corrente.
Como vemos, não há mais um rumo concreto no mundo, com a inflação sendo um desafio assíncrono, assim como a atividade econômica, com somente uma certeza: BCs de economias centrais perderam, e muito, o timing para agir, diferente do Brasil e outras economias em desenvolvimento.
1 x 0 para os emergentes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o anúncio do premiê chines de novos estímulos econômicos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o minério de ferro e o cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, dividido entre a promessa de Biden de liberar novos estoques estratégicos e a promessa de corte de produção da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,84%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0942 / -1,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,02 / 0,415%
Dólar / Yen : ¥ 142,19 / -0,441%
Libra / Dólar : US$ 1,17 / 0,257%
Dólar Fut. (1 m) : 5118,00 / -1,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,70 % aa (-0,06%)
DI - Janeiro 24: 13,00 % aa (0,58%)
DI - Janeiro 26: 11,42 % aa (0,57%)
DI - Janeiro 27: 11,32 % aa (0,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9850% / 113.407 pontos
Dow Jones: 0,7142% / 32.381 pontos
Nasdaq: 1,2723% / 12.266 pontos
Nikkei: 0,25% / 28.615 pontos
Hang Seng: -0,18% / 19.327 pontos
ASX 200: 0,65% / 7.010 pontos
ABERTURA
DAX: 0,263% / 13437,49 pontos
CAC 40: 0,332% / 6354,64 pontos
FTSE: 0,143% / 7483,74 pontos
Ibov. Fut.: 1,02% / 114640,00 pontos
S&P Fut.: 0,38% / 4126,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,316% / 12785,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,71% / 121,64 ptos
Petróleo WTI: 1,01% / $88,67
Petróleo Brent: 0,96% / $94,90
Ouro: 0,15% / $1.727,60
Minério de Ferro: 1,40% / $103,50
Soja: 4,06% / $1.549,75
Milho: 1,23% / $721,00
Café: -1,62% / $227,75
Açúcar: 1,04% / $18,47