A maioria das pessoas não mantem um rigor na hora de gastar o dinheiro que ganha. Esse descaso com os gastos pessoais é a principal causa da nossa baixa propensão a investir.
O inicio de uma boa educação financeira está justamente em saber gastar, economizar para depois irmos aos investimentos.
Vejo muitas pessoas que buscam os investimentos, principalmente em ações, e esperam que os lucros venham logo para cobrir alguma despesa extra ou um gasto a mais que querem fazer.
Essas pessoas esquecem, ou não sabem que a base para se tornar um investidor de sucesso é a elaboração de um orçamento doméstico equilibrado, aliado ao hábito de poupar.
Os recursos destinados aos investimentos devem atender exclusivamente aos objetivos traçados anteriormente e não como um fundo de resgate para um recorrente desequilíbrio entre o orçamento e as despesas domésticas.
O investidor que não consegue deixar com que seus recursos amadureçam na estratégia de investimento escolhida, nunca alcançará o sucesso. Um orçamento doméstico equilibrado dará a paz e tranquilidade necessária para aguardarmos que nossas estratégias se materializem.
Desta forma, a primeira tarefa que um investidor deve fazer é elaborar um orçamento doméstico, discriminando cada tipo de gasto. Por exemplo, os gastos fixos, ou seja, aqueles que todo mês irão aparecer por debaixo da porta, como as despesas com luz, água, telefone e internet, TV a cabo, plano de saúde, escola, etc.
Em seguida agrupar os gastos variáveis, que são aqueles que quanto mais fizermos uso mais eles impactarão em nossas despesas, como supermercados, cursos, clube, restaurantes, roupas, etc.
Essa lista varia de família para família, é muito pessoal, e pode apresentar diferentes níveis de detalhamento. Mas todas devem apresentar o orçamento dividido entre gastos variáveis e fixos. Essa segregação é muito importante na hora que for preciso passar uma tesoura em seu orçamento doméstico.
Apesar de trabalhosa, a tarefa de elaboração de um orçamento é fundamental para percebermos quais gastos ou despesas são passíveis de serem cortadas, ou onde os supérfluos estão impactando nossos custos. É a base para o equilíbrio dos gastos.
Aí sim o próximo passo é buscar investir com as sobras que fatalmente aparecerão, caso haja a disposição para adequar à vida consumista, as receitas.