A abertura dos mercados ontem prometia um dia negativo, baseado nos temores de que a inflação suscitaria movimentos pesados de política monetária mundo afora e por fim, uma mudança no viés global de investimentos e na percepção de risco.
Eis que a compra do Twitter por Elon Musk alterou a dinâmica do dia e reverteu as perdas observadas pela manhã, em especial no Nasdaq e localmente, chegou a levar o iBovespa aos ganhos, para fechar com leve perda.
O futuro da nova rede, que fechará capital terá pouca influência nas bolsas de valores em termos de mercado, todavia a celebração dos investidores vem exatamente da dinâmica que Musk traz aos negócios, com sua mais nova aposta.
No mais, as atenções continuam voltadas à agenda macroeconômica e os possíveis sinais combinados de atividade econômica aquecida, junto à forte inflação vigente no mundo todo, em especial agora com o avanço da Covid na China.
O que já se converteu como endemia e em muitas localidades, derrubou as situações de emergência, agora na China entra numa fase que, ao se observar de fora, causa no mínimo estranheza, especialmente pelo número limitado de óbitos, até mesmo para a nova variante, mas o sinal de que está se espalhando rápido.
Este segundo também é uma característica da nova variante, a qual combinada com vacinas, baixa letalidade e imunidade de rebanho possibilitou a reabertura econômica em diversas localidades no mundo e suas consequências econômicas.
Os temores que a doença atinja Beijing, ou como disse o governo, já corre “silenciosamente há semanas” na cidade suscitou corridas aos supermercados para estocagem e desespero da população com a adoção do modelo rígido de lockdown.
A conspiração diz que a China opera desta maneira para reduzir o preço global das commodities, o que mostrado sucesso limitado até este momento, enquanto seus estoques de minério de ferro atingem um novo recorde, em níveis pré-pandêmicos.
Se tal movimento for verdade, não combina com os lockdowns ultrasseveros até agora promovidos, dado o impacto inflacionário global e local.
Hoje, além dos pedidos de bens de capital nos EUA e dados de confiança e do setor imobiliário, divulgam os balanços GE, Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (Google).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, ainda na busca de sustentar a reação dos mercados ontem.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo NY, após a compra do Twitter.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque á platina e ao paládio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com temores de recessão global, especialmente na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,59%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,8776 / 1,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,252%
Dólar / Yen : ¥ 127,74 / -0,312%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,220%
Dólar Fut. (1 m) : 4876,07 / 0,72 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,95 % aa (-0,88%)
DI - Janeiro 24: 12,57 % aa (-1,02%)
DI - Janeiro 26: 11,81 % aa (-1,38%)
DI - Janeiro 27: 11,82 % aa (-1,38%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3534% / 110.685 pontos
Dow Jones: 0,7041% / 34.049 pontos
Nasdaq: 1,2895% / 13.005 pontos
Nikkei: 0,41% / 26.700 pontos
Hang Seng: 0,33% / 19.935 pontos
ASX 200: -2,08% / 7.318 pontos
ABERTURA
DAX: 1,039% / 14068,89 pontos
CAC 40: 0,889% / 6506,74 pontos
FTSE: 0,851% / 7443,34 pontos
Ibov. Fut.: -0,17% / 112449,00 pontos
S&P Fut.: -0,34% / 4277,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,388% / 13481,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,87% / 127,94 ptos
Petróleo WTI: -0,25% / $98,29
Petróleo Brent: -0,22% / $102,10
Ouro: 0,37% / $1.904,63
Minério de Ferro: 0,45% / $152,47
Soja: 0,88% / $1.718,50
Milho: 0,91% / $807,50
Café: 0,63% / $222,20
Açúcar: 0,58% / $19,06