Os contratos futuros do café tiveram desempenho negativo na semana, influenciados por fatores técnicos e movimento de realização de lucros. Na Bolsa de NY, o vencimento mai/21 encerrou a sessão de ontem (18) a US$ 1,2995 por libra-peso, recuando 305 pontos. Na ICE Europe, a posição mai/21 do café robusta caiu US$ 17, cotada a US$ 1.386 por tonelada.
Como o contrato mai/21 do arábica rompeu o suporte de US$ 1,30, os indicadores gráficos são negativos. Contudo, analistas seguem apostando em altas no futuro em função dos fundamentos positivos de mercado, como a menor safra brasileira em 2021 e a possibilidade de redução na oferta também de Vietnã e de alguns países da América Central.
O dólar comercial registrou leve ascensão no acumulado da semana, sendo impulsionado pela elevação dos juros longos nos Estados Unidos, que tocaram máximas de 14 meses, e pela forte queda do petróleo. Ontem, a divisa norte-americana fechou negociada a R$ 5,57, avançando 0,2% no período.
Às 6h38 de amanhã (20) começa o outono, que marcará o fim do La Niña e o início da neutralidade no Oceano Pacífico, conforme aponta a Somar Meteorologia.
Para a nova estação, a previsão é de chuvas abaixo da média na maior parte do Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul e em parte do cinturão cafeeiro, principalmente São Paulo, Triângulo, Sul e Zona da Mata de Minas Gerais e em trechos do Rio de Janeiro.
O serviço meteorológico aponta, ainda, que o outono terá alguns dias mais frios, mas será marcado por temperaturas mais elevadas do que o normal no oeste de Minas, noroeste do Paraná e nas faixas norte e oeste de São Paulo.
No mercado físico, as cotações seguiram o movimento internacional e os negócios se mantiveram calmos. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 736,20/saca e R$ 447,47/saca, respectivamente com queda de 0,2% e 0,4%.