“Agora é hora de aguardar os primeiros sinais do que será feito na economia e como os investidores devem reagir a cada um dos eventos, lembrando que está nas mãos somente do governo a possibilidade de reações positivas ou negativas aos eventos.”
Deste modo, terminávamos o Morning Call de ontem, alertando que o modo como deve agir o governo em relação ao trato fiscal, como ocorrerá o fluxo de informações da equipe econômica ditarão as reações dos investidores e foi o que aconteceu.
O discurso de posse de Haddad foi pautado por falta de substância, ataques à gestão anterior, mas principalmente, a certeza de que está ali para se manter visível a 2026 e que não tem poderes como Palocci o tinha no primeiro mandato, ou seja, é um cargo meramente decorativo.
Após a costura de um acordo de manutenção da isenção do ICMS com o ex-ministro da economia, foi desautorizado pelo agora presidente da república, como se o mesmo quisesse o protagonismo político do evento e conseguiu.
O governo agora, assinou o decreto estendendo a isenção de impostos federais sob combustíveis, pois não quer o ônus de popularidade que o aumento de preços e as consequências inflacionárias trazem, ou seja, ainda em modo eleição.
Adicione o cenário acima, à intervenção na política de preços da Petrobras (BVMF:PETR4), a qual amargou perdas superiores a 6% na sessão de ontem, está feito o desenho das reações do mercado financeiro no curto prazo.
Na sessão de ontem, o ano fechou com saldo de balança comercial de US$ 62,31 bi, o maior resultado da série histórica, enquanto a inflação do IPC-S fechou abaixo do piso das projeções do mercado, aos 0,35%.
No computo global, os dados de PMI estão todos apontando para uma perspectiva recessiva, inclusive os dados chineses divulgados após o fim do pregão de ontem, resultado em partes da política de reabertura econômica da China.
O problema em tal política, sem adoção de uma vacina compatível com as novas cepas da COVID é a possibilidade de novos problemas na cadeia produtiva e consequentemente, as questões inflacionárias resultantes.
Agenda curta hoje, com foco nos dados alemães e PMI de manufaturas nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a inflação regional repetindo resultados negativos na Alemanha e puxadas por empresas de turismo.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com o retorno das bolsas de valores, após o feriado de ano novo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque ao ouro e prata.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, após o FMI citar que desaceleração dos países desenvolvidos pressagia um 2023 mais difícil.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,45%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3597 / 1,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,994%
Dólar / Yen : ¥ 130,53 / -0,298%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / -0,897%
Dólar Fut. (1 m) : 5390,28 / 1,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,53 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 25: 12,91 % aa (1,99%)
DI - Janeiro 26: 12,87 % aa (2,30%)
DI - Janeiro 27: 12,92 % aa (2,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,0606% / 106.376 pontos
Dow Jones: -0,2214% / 33.147 pontos
Nasdaq: -0,1108% / 10.466 pontos
Nikkei: 0,00% / 26.095 pontos
Hang Seng: 1,84% / 20.145 pontos
ASX 200: -1,31% / 6.946 pontos
ABERTURA
DAX: 1,454% / 14273,75 pontos
CAC 40: 1,414% / 6687,82 pontos
FTSE: 2,305% / 7623,49 pontos
Ibov. Fut.: -3,07% / 107691,00 pontos
S&P Fut.: 1,06% / 3901,75 pontos
Nasdaq Fut.: 1,193% / 11150,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,24% / 112,53 ptos
Petróleo WTI: -0,20% / $80,11
Petróleo Brent: -0,34% / $85,62
Ouro: 0,86% / $1.838,91
Minério de Ferro: 0,04% / $117,20
Soja: 0,70% / $1.519,25
Milho: -0,15% / $678,50
Café: -0,27% / $165,85
Açúcar: -0,75% / $19,90