A oferta de milho diminuiu.
Os vendedores se mostraram retraídos nas últimas semanas à espera de preços melhores, com o anúncio da intervenção do governo na comercialização do grão, através de leilões.
A menor oferta deu sustentação às cotações, que subiram ligeiramente.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas, em São Paulo, a saca de 60 quilos estava cotada em R$23,50 no dia 18de agosto.
Os preços subiram, depois da saca ter sido negociada abaixo de R$23,00 no final de julho. Veja a figura 1.
Em curto prazo, não estão descartadas quedas no preço no mercado interno, em função da colheita da segunda safra na reta final e aumento da oferta.
Entretanto, o cenário provável é de preços firmes, levando em conta os leilões previstos para o segundo semestre.
A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) realizou no dia 20 de agosto, um leilão de PEPRO (Prêmio Equalizador pago ao Produtor Rural) no total de 1,05 milhões de toneladas de milho.
Os leilões têm como objetivo atender avicultores, suinocultores, bovinocultores e suas cooperativas, indústria de ração para avicultura e suinocultura de várias localidades.
O interessado em arrematar (produtor rural ou cooperativa) só não pode escoar o milho para as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com exceção dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Norte de Minas Gerais, além de Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia e Tocantins.
A maior parte do milho ofertado tem como origem diversas regiões de Mato Grosso, onde a pressão de baixa está maior, com a colheita da segunda safra na reta final.
Os preços do leilão divulgados foram de R$0,226 por quilo para o milho de Mato Grosso e de R$0,2945 por quilo para o grão oriundo de Mato Grosso do Sul e de Goiás.
Os leilões serão fundamentais para o escoamento da produção e sustentação das cotações no mercado interno.
Rafael Ribeiro de Lima Filho
Zootecnista
Scot Consultoria