Dados indicando aumento na área a ser cultivada no Brasil, o maior rendimento na safra norte-americana e a queda do dólar na última semana afastaram compradores domésticos e deslocaram importadores para os Estados Unidos. Com isso, a liquidez no mercado brasileiro está baixa e os preços, enfraquecidos. Entre 30 de setembro e 7 de outubro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), subiu 1%, fechando a R$ 77,77/saca de 60 kg na sexta. Já a média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, fechou a R$ 74,24/saca 60 kg na sexta-feira, recuo de 1,2% em sete dias.
MILHO: Indicador Volta a Subir
Depois de cair em setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP) inicia outubro em recuperação – a alta entre 30 de setembro e 7 de outubro foi de 5%, indo para R$ 43,64/saca de 60 kg na sexta-feira, 7. No entanto, os valores do cereal seguem em queda em várias regiões acompanhadas pelo Cepea, indicando que o mercado ainda busca um direcionamento aos preços domésticos. No campo, segundo colaboradores do Cepea, produtores estão preocupados com as chuvas pontuais e seus impactos sobre o desenvolvimento das lavouras já cultivadas.
MANDIOCA: Média semanal é a maior desde janeiro/14
Impulsionados principalmente pela baixa oferta, os valores da raiz de mandioca tiveram novas altas na última semana, subindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A média a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 505,13 (R$ 0,8785 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), a maior, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de set/16), desde janeiro de 2014. Em relação à semana anterior, o aumento foi de 15,3% e, frente ao mesmo período do ano passado, de 240,6%, também em termos reais. Segundo pesquisadores do Cepea, o ritmo de colheita da mandioca de segundo ciclo tem diminuído a cada semana, sendo que, em algumas regiões, as atividades já foram encerradas. Os poucos produtores ainda com área para ser colhida continuam postergando a comercialização. Além disso, em algumas localidades, os trabalhos foram interrompidos por conta da falta de chuvas. A demanda por raiz, por sua vez, segue firme, tanto por parte de fecularias como de farinheiras, que buscam formar algum estoque para os próximos meses. Diante da baixa disponibilidade, porém, algumas empresas não conseguiram receber matéria-prima na semana passada. Assim, a quantidade de mandioca processada pela indústria de fécula diminuiu 47% em relação ao período anterior.