As cotações domésticas na soja caíram na última semana, acompanhando as quedas do dólar e dos contratos do grão na CME Group (Bolsa de Chicago). O avanço da colheita norte-americana e a excelente produtividade nas áreas já colhidas têm pressionado os valores internacionais. Além disso, conforme pesquisadores do Cepea, a atual demanda interna não tem sido suficiente para sustentar os preços da soja no Brasil. Assim, entre 16 e 23 de setembro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), caiu 2,07%, fechando a R$ 78,52/saca de 60 kg na sexta-feira, 23. A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, fechou a R$ 75,81/saca 60 kg na sexta, queda de 1,7% no mesmo período.
MILHO: Indicador Volta a Cair Devido à Pressão Compradora
Os preços do milho estiveram em queda no Brasil na última semana devido à pressão de compradores. Segundo pesquisadores do Cepea, alguns agentes aproveitam as baixas para repor parte dos estoques. Vendedores, por sua vez, têm adiado as negociações para os próximos meses, na expectativa de retomada de alta nas cotações. Nesse impasse, as negociações seguem travadas. Na região de Campinas, a maior oferta do cereal por parte de cooperativas reforçou a queda do Indicador ESALQ/BM&FBovespa na última semana, de 4,25% – na sexta-feira, 23, fechou a R$ 40,96/saca, o menor patamar desde 11 de janeiro deste ano. As negociações reportadas, contudo, são pontuais e envolvem de pequenos a médios lotes.
MANDIOCA: Preços da raiz seguem em alta
Os preços da mandioca continuaram em patamares elevados na última semana, já a que disponibilidade de lavouras de segundo ciclo, concentradas com poucos agricultores, é cada vez menor. Segundo pesquisadores do Cepea, na expectativa de preços ainda mais altos, mandiocultores seguiram postergando a comercialização. Além disso, chuvas no início do período dificultaram o avanço dos trabalhos de campo. Entre 19 e 23 de setembro, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 397,05 (R$ 0,6905 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 3,8% frente à anterior. Com melhora na demanda por produtos derivados, farinheiras e fecularias intensificaram as aquisições de matéria-prima, se abastecendo em regiões mais distantes. A disputa pelo produto também influenciou nas altas dos preços da raiz.