Os preços do milho voltaram a reagir na última semana em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, impulsionados pela maior presença de compradores no mercado. Em algumas praças, no entanto, o movimento ainda foi de queda nas cotações. Segundo pesquisadores do Cepea, na região de Campinas (SP), compradores, especialmente granjeiros, estão mais ativos, com alguns relatando dificuldades na aquisição de milho de dentro ou de fora do estado de São Paulo. Isso porque muitos produtores e cooperativas paulistas estão recuados e/ou elevando os valores de venda. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) voltou a reagir, com alta de 3,7% entre 2 e 9 de dezembro, indo para R$ 37,91/saca de 60 kg.
SOJA: DIFERENÇA ENTRE PREÇOS DE COMPRA E VENDA DIMINUI LIQUIDEZ NO BR
As negociações de soja no mercado brasileiro seguem enfraquecidas, agora influenciadas por estimativas indicando safra cheia na América do Sul, pela oferta ampla nos Estados Unidos e pela valorização do Real frente ao dólar. Ainda assim, as ofertas de vendas de produtores seguem acima da paridade de exportação, enquanto compradores ativos, atentos à possibilidade de safra nacional recorde, tentam adquirir a soja a valores menores. Como resultado, observa-se diferença de 4 a 5 reais/saca entre as ofertas de compra e de venda. Do lado vendedor, conforme pesquisadores do Cepea, a retração está baseada em expectativas de dólar elevado em 2017, o que pode atrair compradores estrangeiros para o Brasil. Entre 2 e 9 de dezembro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), caiu 0,6%, fechando a R$ 79,60/saca de 60 kg na sexta-feira, 9. A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, fechou a R$ 76,01/sc 60 kg na sexta, queda de 0,5% em sete dias.
MANDIOCA: VALORES SEGUEM FIRMES, APESAR DA MAIOR OFERTA
A colheita de mandioca foi retomada na última semana, favorecida por chuvas em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Mesmo assim, agricultores com disponibilidade de mandioca de segundo ciclo continuaram postergando a comercialização da raiz, na expectativa de altas mais expressivas nos preços. Com isso, as cotações da mandioca voltaram a subir, apesar da baixa demanda de fecularias e de farinheiras. Entre 5 e 9 de dezembro, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 466,67 (R$ 0,8116 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 2,3% frente à média anterior.