MILHO: Colheita se aproxima do fim e valores seguem em alta
A colheita do milho da segunda safra se aproxima do fim e os preços do cereal seguem em alta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, um volume expressivo da produção já foi comercializado, o que reduz ainda mais a disponibilidade do cereal no spot. Do lado comprador, as aquisições ocorrem de maneira pontual, com agentes evitando ao máximo reajustar positivamente as ofertas de preços. Muitos compradores buscam alternativas, como a importação e/ou a substituição do milho por outros produtos, especialmente os que precisam de ração animal. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa teve leve alta de 1,7% entre 22 e 29 de julho, fechando a R$ 48,21/saca de 60 kg na sexta-feira, 29. No acumulado do mês, porém, a alta ainda é significativa, de 16,8%.
SOJA: Menor preço e dólar baixo desfavorecem vendas
Sojicultores brasileiros estão retraídos, sem interesse em negociar o restante da safra 2015/16 no curto prazo – o volume remanescente é estimado em 17% do total colhido. Segundo pesquisadores do Cepea, esses vendedores estão atentos às recentes quedas nos preços do grão, que voltaram aos patamares observados em maio, período de finalização da colheita brasileira. O dólar, ainda que elevado, já não é atrativo às vendas. Há um mês, a soja era comercializada acima dos R$ 90,00/saca de 60 kg no Paraná – com negócios no porto superando os R$ 95,00/sc – e, agora, está em torno de R$ 78,00/sc. Essa queda está atrelada às expectativas de maior oferta nos Estados Unidos. A maior oferta na Argentina também afastou compradores dos Estados Unidos e do Brasil, principalmente de farelo e óleo de soja. Nesse contexto, a média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu ligeiro 0,2% entre 22 e 29 de julho, a R$ 78,87/saca 60 kg na sexta-feira, 29.
MANDIOCA: Demanda reduzida e oferta elevada pressionam cotações
Ainda que abaixo da expectativa dos agentes para o período, a oferta de mandioca aumentou na última semana na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Como resultado, o volume de matéria-prima processada na indústria de fécula aumentou 5,4% em relação à semana anterior, derrubando as cotações tanto dos derivados como da raiz. Segundo pesquisadores do Cepea, além da maior oferta, a demanda mais fraca pela farinha e fécula também pressionou os valores. Na semana, o valor médio a prazo da tonelada da mandioca posta fecularia foi de R$ 369,72 (R$ 0,6430 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 3% menor que a do período anterior. Apesar da queda dos preços nas duas últimas semanas, a média nominal a prazo para julho superou em 21,6% a do mês passado.