Os baixos índices pluviométricos das últimas semanas têm acelerado a maturação do milho segunda safra, favorecendo a colheita em todas as regiões do Brasil. Com isso, os preços do cereal seguem em queda na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa teve forte recuo de 3,8% nos últimos sete dias, fechando a R$ 25,40/saca de 60 quilos na sexta-feira, 28. A baixa na praça paulista está atrelada à maior disponibilidade do cereal na região, onde a colheita se intensificou nos últimos dias.
MANDIOCA: CLIMA SECO INTERROMPE COLHEITA E MOAGEM
A estiagem observada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea interrompeu o plantio e a colheita de mandioca nos últimos dias, reduzindo a oferta e paralisando a moagem em algumas unidades. Do lado da demanda, a procura pela matéria-prima esteve firme, principalmente por parte de empresas com compromissos de entrega. Nesse cenário, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia subiu 2,6% entre 24 e 28 de julho, a R$ 509,01 (R$ 0,8852 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg).
MAMÃO: PREÇO DO HAVAÍ SE ESTABILIZA NO ATACADO, MAS DIMINUI NA ROÇA
Apesar de estáveis no atacado, as cotações do mamão havaí caíram nas regiões produtoras, resultado da menor demanda, típica em final de mês, e do clima ameno nas principais regiões consumidoras. A oferta, por sua vez, não teve aumentos consideráveis. Além disso, segundo relatos de colaboradores do Cepea, chuvas no Sul da Bahia favoreceram o aparecimento pontual de doenças fúngicas, que diminuíram a vida útil do mamão, limitando as vendas da fruta. Entre 24 e 28 e julho, o mamão havaí teve média de R$ 0,30/kg na praça baiana, queda de 20% frente à da semana anterior.