Quando a Microsoft Corporation (NASDAQ:MSFT) divulgar seu balanço financeiro do último trimestre hoje, reforçará a confiança que os investidores têm em uma das principais apostas do bull market americano.
Após uma enorme transformação sob a liderança do seu CEO, Satya Nadella, a Microsoft se tornou um dos players mais poderosos no mercado de computação na nuvem, que está em franca expansão, garantindo a segunda maior participação de mercado, atrás apenas da Amazon (NASDAQ:AMZN).
Há mais de cinco anos, Nadella apostou na diversificação das receitas da Microsoft além dos tradicionais motores de crescimento – Windows e Office –, ao investir pesado em data centers e outras infraestruturas, no intuito de auxiliar os clientes corporativos a rodar aplicativos e armazenar dados.
A Microsoft continua crescendo com força total nesse mercado, o que tem fortalecido sua receita operacional. No trimestre encerrado em 31 de dezembro, a previsão consensual dos analistas é que a Microsoft (NASDAQ:MSFT) registrará um crescimento de 10% nas vendas, enquanto o lucro deve disparar 20%, para US$ 1,32 por ação.
A receita proveniente dos serviços na nuvem da empresa Azure cresceu 59% no período anterior, ao passo que as vendas de assinaturas do Office 365 para clientes corporativos, um dos principais negócios na nuvem da Microsoft, saltaram 25%. O segmento de Intelligent Cloud da Microsoft agora responde por mais de 30% da fonte de receita geral da companhia.
Acreditamos que essa força novamente será exibida, na medida em que a companhia continua ganhando tanto clientes grandes quanto pequenos. Em outubro, o Pentágono concedeu à Microsoft o contrato de Infraestrutura Conjunta de Defesa Corporativa (JEDI - Joint Enterprise Defense Infrastructure), que tem valor estimado em US$ 10 bilhões ao longo da próxima década.
Grandes Contratos de Serviços na Nuvem
A vitória da Microsoft nessa grande licitação governamental mostra a rapidez com que a empresa sediada em Redmond, Washington, está capturando participação de mercado, gerando uma séria ameaça ao predomínio da Amazon.
Esse último contrato foi fechado após diversas marcas já terem firmado acordos de uso do software de nuvem Azure, da Microsoft, como a rede de supermercados Kroger Company (NYSE:KR), a AT&T Inc (NYSE:T), a Walgreens Boots Alliance (NASDAQ:WBA) e a gigante do petróleo Exxon Mobil (NYSE:XOM).
Esses contratos impulsionaram grande parte do poderoso rali nas ações da Microsoft no ano passado, distanciando-a de outras grandes empresas com tecnologias antigas, como a International Business Machines (NYSE:IBM).
Os papéis da Microsoft, que fecharam ontem a US$ 165,46, se valorizaram cerca de 50% no ano passado. Essa disparada fez com que o valor de mercado da companhia retornasse ao cobiçado patamar de US$ 1,26 trilhão, tornando-a uma das corporações mais valiosas do mundo.
Os papéis da Microsoft (NASDAQ:MSFT), que fecharam ontem a US$ 165,46, se valorizaram cerca de 50% no ano passado. Essa disparada fez com que o valor de mercado da companhia retornasse ao cobiçado patamar de US$ 1,26 trilhão, tornando-a uma das corporações mais valiosas do mundo.
Mas a grande questão para os investidores é: até quando esse rali vai durar? Com um múltiplo de quase 31 vezes a expectativa de lucro futuro, as ações da Microsoft estão sendo vendidas com prêmio em comparação com diversas ações de tecnologia de primeira linha. Esse também é o múltiplo mais alto que a ação já apresentou em mais de 15 anos.
Em nossa visão, os fatores que deram suporte aos papéis da Microsoft nos últimos 12 meses ainda são válidos em grande medida. A expectativa é que o mercado de computação na nuvem cresça de US$ 285 bilhões, em 2017, para US$ 411 bilhões até 2020. Esse segmento sozinho é grande o bastante para impulsionar o crescimento da receita da Microsoft pelos próximos três ou quatro anos, de acordo com executivos da companhia.
Além do vigor do segmento de nuvem, a Microsoft também está se beneficiando das vendas de computadores pessoais. As vendas de PCs no quarto trimestre foram as melhores do setor em vários anos, de acordo com dados divulgados na semana passada pelas empresas de pesquisa de mercado IDC e Gartner.
Resumo
Diante dos temores dos investidores com as perspectivas econômicas mundiais e a longevidade deste prolongado ciclo de alta, os fundamentos da Microsoft fazem com que a empresa seja uma aposta segura no setor de tecnologia. Acreditamos que os resultados da Microsoft continuarão fortes, à medida que a empresa expande sua participação de mercado no segmento de computação na nuvem, mantendo, ao mesmo tempo, sua posição de liderança em antigos produtos de software, como o Windows e o Office.
Essa vantagem ajudará a companhia a atingir um crescimento sustentado de dois dígitos em receita, lucro por ação e fluxo de caixa livre, o que a torna uma ação de tecnologia confiável para se investir no longo prazo.