🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Metais e minerais usados em VEs e painéis solares podem brilhar nos próximos anos

Publicado 18.04.2023, 10:57
XAG/USD
-
HG
-
SI
-

Na semana passada, o governo Biden propôs novos padrões de emissões automotivas que, se aplicados, podem fazer com que as montadoras não tenham outra opção a não ser produzir veículos elétricos (VEs) quase que exclusivamente até 2032.

De acordo com a proposta, que é uma das mais rigorosas do mundo, as emissões de dióxido de carbono de novos veículos de passeio e caminhonetes leves precisariam ser reduzidas em 56% em menos de 10 anos. Para atingir esse objetivo, seria necessário que dois em cada três veículos de passeio produzidos nos EUA fossem elétricos.

É um desafio e tanto. Atualmente, os VEs representam cerca de 8% das vendas totais de automóveis nos EUA. Até o final desta década, a expectativa é que representem um pouco mais da metade de todas as vendas, um aumento em relação à previsão anterior de 44%, devido à aprovação da Lei de Redução da Inflação (IRA) no ano passado, mas ainda bem abaixo dos 66% -67% exigidos pela proposta da administração.

Como já afirmei em várias oportunidades, a política governamental é um precursor da mudança, e se essa proposta for aprovada, a tendência é que vejamos drásticas mudanças nas estradas, redes de energia e estações de recarga do país nos próximos anos.

Previsão de participação de VE no total de vendas de veículos de passageiros pré/pós-IRA

Lucrando com o desequilíbrio entre oferta e demanda

É provável que muitos consumidores e autoridades sejam contra essas mudanças, mas os investidores, especialmente de metais e mineração, podem estar diante de uma oportunidade única em uma geração.

Em comparação com os veículos de motor à combustão interna (MCI) tradicionais, os veículos elétricos exigem uma quantidade muito maior de materiais básicos. De acordo com os últimos dados da Agência Internacional de Energia (AIE) um VE típico – incluindo a bateria – contém 207 quilogramas de minerais, ou seis vezes mais do que um carro convencional. Além disso, exigem cerca de duas vezes e meia a mais de cobre e mais do que o dobro de manganês. Os VEs também requerem lítio, níquel, cobalto, grafite e terras-raras, minerais que geralmente não são encontrados em veículos tradicionais.

Minerais usados em VEs

A aquisição de quantidades suficientes desses materiais para eletrificar a frota de carros e caminhonetes leves nos EUA representará um grande teste do compromisso da população do país com a transição energética. O desafio pode ser ainda maior do que a expansão da rede elétrica local, fabricação de baterias suficientes e instalação de postos de recarga na quantidade adequada.

Os desequilíbrios entre oferta e demanda são um desafio para os fabricantes e podem elevar os preços para os consumidores, mas, para os investidores, podem gerar oportunidades altamente lucrativas. Acredito que vale a pena analisar uma exposição a empresas de mineração que produzem metais e minerais necessários à expansão da demanda, à medida que os VEs vão substituindo gradativamente os modelos tradicionais, com destaque para cobre, lítio, níquel e cobalto.

Prata em destaque

E ainda temos a prata.  Embora o metal branco não seja usado na produção de VEs, pode ser encontrado em células fotovoltaicas solares, um produto que também veremos mais nos próximos anos, devido à transição energética.

No ano passado, a energia solar representou metade de toda a capacidade de geração de eletricidade dos EUA, marcando o quarto ano consecutivo em que a energia solar superou outras fontes de energia em termos de capacidade adicionada, de acordo com um relatório da Wood Mackenzie. A empresa estima que até 2033, as instalações solares nos EUA chegarão a 700 gigawatts, cinco vezes mais do que os atuais 141 gigawatts de capacidade.

Capacidade de energia solar fotovoltaica dos EUA em Gigawatts

Assim como os VEs, as novas instalações solares exigirão grandes quantidades de metais e minerais, com destaque para a prata. De fato, um estudo publicado no final do ano passado prevê que até o ano de 2050, aproximadamente 85%-98% das reservas globais de prata atuais serão consumidas pela indústria de painéis solares, criando um "risco significativo de demanda pelo metal".

Novamente, os investidores podem estar em uma posição vantajosa para aproveitar os desequilíbrios entre oferta e demanda no futuro, obtendo exposição à prata física e às empresas de mineração do metal.

No curto prazo, a prata está bastante atrativa do ponto de vista técnico, depois de romper uma forte resistência que remonta a 2011, quando atingiu seu recorde histórico de US$ 49 por onça-troy. Atualmente, o metal está sendo negociado aproximadamente pela metade desse preço, tendo, portanto, um longo caminho a percorrer, mas a ação dos preços da semana passada foi bastante positiva.

Prata por onça

O índice de força relativa (IFR) de 14 dias mostra que a prata está extremamente sobrecomprada, e vimos algum lucro sendo realizado na sexta-feira, levando o metal a cair até 2,5% em seu ponto mais baixo. Essas correções, em nossa visão, são excelentes oportunidades para se posicionar na compra.

***

Todas as opiniões expressas e dados fornecidos estão sujeitos a alterações sem aviso prévio. Algumas dessas opiniões podem não ser adequadas a todos os investidores.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.