O que vimos no pregão de ontem foi uma fuga generalizada de investidores para ativos mais seguros. O dólar à vista fechou em alta de 0,70%, a R$ 5,5749 na venda. O período ainda é de incertezas relacionadas ao impacto econômico da variante Ômicron do coronavírus e vários países anunciaram medidas mais rígidas de combate à Covid-19.
Já era esperada a decisão de elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, e também por isso ontem mercado não caiu mais, tem muito mais coisa no radar do investidor. Na minha opinião, a retiradas de estímulos da economia americana pelo Federal Reserve (Fed) e a Covid ainda dão o tom de uma tendência de alta do dólar, isso sem falar no ano que vem quando teremos as eleições presidenciais.
Já a sinalização de aumento da mesma magnitude (1,5 ponto percentual) na reunião de fevereiro do ano que vem do Copom contrariou algumas apostas de que o BC desaceleraria o processo de aperto monetário em meio a sinais recentes de desaceleração da atividade econômica. Vamos aguardar até lá.
Hoje, teremos a divulgação do IPC (inflação ao consumidor) dos EUA, que pode influenciar a decisão de política monetária do Fed. Se a inflação apresentar aceleração forte, o Fed provavelmente dobrará o ritmo do tapering, o que pode sugerir que a primeira alta dos juros será avaliada já na reunião de política monetária em 4 de maio do ano que vem. Isso obviamente fortalecerá o dólar.
Para hoje também IPCA aqui no Brasil.