O dia começa na expectativa da decisão de juros na Europa, com abertura das bolsas de valores entre leves altas e baixas, ou seja, instáveis, seguidas da mesma maneira pelo futuro das bolsas em NY. Na Ásia, o fechamento foi negativo na maioria das praças, parte em reposta à inflação ao atacado no nível mais alto em 9 anos.
Uma parcela do mercado também reage à forte queda do petróleo observada na sessão anterior, a qual rechaça ainda mais a possibilidade de rompimento da resistência de preços aos US$ 55 o barril em NY.
Parte disso, continua como consequência dos estoques americanos e do posicionamento não firme de membros da OPEP no corte de produção.
Ainda entre as commodities, o aço continua a perder força, após atingir o pico de preço histórico, principalmente entre os portos chineses e acaba por puxar outras metálicas como o cobre.
O preço dos bonds americanos caem, com alta no rendimento em praticamente todos os vencimentos e o dólar abre a sessão em queda não muito sustentável, baseada principalmente contra o Euro. A divisa, porém, opera em alta contra a maioria das divisas.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Todas as atenções dos investidores hoje voltadas à decisão de juros no Banco Central Europeu (BCE) e pela possibilidade de retirada de parte dos estímulos, semelhantes àqueles do Quantitative Easing durante a crise de hipotecas americana.
É um sinal de recuperação, ainda que gradual da economia europeia, mesmo que os indicadores sejam em partes distorcidos, mais uma vez, pelo desempenho positivo alemão.
Esta movimentação global de juros é uma sinalização importante de mudanças, principalmente do contexto criado a partir de 2008. O Brasil, pelas políticas equivocadas durante o evento, sofre o atraso na recuperação e entre agora no ciclo de estímulos, em que diversos países estão saindo.
CENÁRIO POLÍTICO
Segundo a Eurasia, existe uma maioria formada pela aprovação das contas de campanha da chapa Dilma-Temer no TSE e o atual presidente possui apenas 20% de chance de não terminar o mandato tampão até 2018.
E mais, a Lava Jato continua e o juiz Sérgio Moro somente aguarda a decisão do STF para homologar os acordos de leniência, ou seja, as empresas têm a possibilidade de voltar a operar no mercado. Muitas sabem que estão sob o forte escrutínio das forças judiciárias e quaisquer deslizes dentro do acordo, traz uma situação muito pior aos executivos.
Os deputados estão cientes deste contexto e muitos agora voltam suas atenções à criminalização de doações de caixa 1. Assim, o telhado de cristal continua vulnerável.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1704 / 1,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,161%
Dólar / Yen : ¥ 114,73 / 0,332%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,131%
Dólar Fut. (1 m) : 3180,29 / 1,32 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,74 % aa (0,41%)
DI - Janeiro 21: 10,12 % aa (1,10%)
DI - Janeiro 25: 10,45 % aa (1,06%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,56% / 64.718 pontos
Dow Jones: -0,33% / 20.856 pontos
Nasdaq: 0,06% / 5.838 pontos
Nikkei: 0,34% / 19.319 pontos
Hang Seng: -1,18% / 23.502 pontos
ASX 200: -0,32% / 5.741 pontos
ABERTURA
DAX: -0,194% / 11944,10 pontos
CAC 40: -0,215% / 4949,81 pontos
FTSE: -0,597% / 7290,82 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65455,00 pontos
S&P Fut.: -0,055% / 2362,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,065% / 5359,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,76% / 84,66 ptos
Petróleo WTI: -2,03% / $49,26
Petróleo Brent:-1,62% / $52,25
Ouro: -0,26% / $1.205,11
Aço: -2,46% / $84,42
Soja: -0,62% / $19,23
Milho: 0,14% / $365,75
Café: 0,76% / $140,05
Açúcar: 1,20% / $18,62