Os mercados domésticos saem de cena nesta sexta-feira (9), dando palco para o carnaval, e só voltam às 13 horas da Quarta-feira de Cinzas (14). A atenção dos investidores se dispersa do brilho das telas, voltando-se para o ritmo do samba vindo dos blocos de rua, do trio elétrico e do sambódromo do Anhembi.
Antes de cair na folia, Petrobras (BVMF:PETR4) e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) podem agitar o Ibovespa. O índice acionário acumula altas de menos de 1% nesta semana e inferior a 0,5% em fevereiro. Com dois pregões e meio a menos na semana que vem, a bolsa brasileira deve ficar só de olho no relógio hoje, oscilando entre um vaivém.
O movimento não deve ser muito diferente do que se vê nessa manhã entre os índices futuros das bolsas de Nova York, que estão na linha d’água. Com o início do feriadão na China, as commodities industriais, como o petróleo e o minério de ferro, além dos mercados emergentes, ficam sem destaque no desfile.
Já o dólar voltou a testar a marca dos R$ 5,00, à medida que seguem os ajustes para os juros, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A cada dado econômico ou fala de dirigente dos bancos centrais, os mercados vão se convencendo de que o Federal Reserve vai demorar para começar os cortes. Já o plano de voo da taxa Selic tende a manter a rota.
Sem evolução nesses quesitos, é preciso buscar harmonia entre os indicadores e os preços dos ativos de riscos, até que a marchinha entoada pelo bloco do Fed deixe de ser de uma nota só. Mas enquanto o ano novo já começou na China e aqui começa só depois do carnaval, o rali de 2024 dos mercados vai ficando para depois - talvez em maio, e olhe lá.