Semana de agenda pesada para o Brasil, concentrada entre diversas inflações, em especial o IPCA e a perspectiva de arrefecimento em relação às medições anteriores e dados de atividade econômica, como vendas ao varejo, serviços e PIB mensal.
Entre os pontos de destaque para a contração do IPCA a ser observada na medida de janeiro, está o peso que transportes continua a adicionar às medidas de preços no Brasil e como isso tem afetado praticamente toda a cadeia produtiva.
Neste sentido, fazem surgir de maneira mais pesada os problemas relacionados à formação de preços no Brasil, o que vai muito além da paridade de preços internacionais.
Isso por que o petróleo tem batido novos recordes internacionais, sem sinais de arrefecimento de curto prazo, enquanto a valorização cambial mais recente do Real frente ao dólar não tem sido suficiente para compensar tal movimento.
A alta internacional afeta toda a sorte de inflações, como o CPI nos EUA a ser divulgado esta semana, o qual projeta um núcleo próximo a 6% aa, algo pesado até para os padrões brasileiros, atualmente não muito longe disso.
O que se discute no Brasil é tanto o peso dos impostos na cadeia produtiva e como isso eleva a necessidade de uma discussão madura e sincera sobre a reforma tributária, como também se discutem o papel da Petrobras (SA:PETR4) como estatal e como monopólio.
Daí as infrutíferas e diversas discussões com soluções de curto prazo, como um “band-aid para estancar uma hemorragia profunda”, ou seja, algo que não só não resolve o problema, como pode agrava-lo no futuro, como aconteceu nas intervenções de preços na Petrobras e no setor elétrico pelos governos petistas.
Enquanto isso, as discussões mais profundas como reforma tributária, do pacto federativo e administrativa ficam para um presidente fazer, o qual ainda não sabemos quem será, dada a indisposição dos atuais líderes das campanhas eleitorais a faze-las.
E neste momento a defasagem da gasolina brasileira parta internacional é de 16%.
Atenção hoje ao IGP-DI e aos dados de produção de veículos da ANFAVEA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, à medida que investidores digerem dados de empregos nos EUA e movimentos de BCs europeus.
Em Ásia-Pacífico, mercados na China continental saltam após retornar de feriados, porém queda no restante das praças.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos até 5 anos.
Entre as commodities metálicas, mercado misto, com alta no minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, temores de oferta apertada, ignorando negociações EUA-Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,34%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3261 / 0,72 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,245%
Dólar / Iene : ¥ 115,06 / -0,200%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,059%
Dólar Fut. (1 m) : 5356,89 / 0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,98 % aa (-1,24%)
DI - Janeiro 24: 11,47 % aa (1,37%)
DI - Janeiro 26: 11,09 % aa (2,21%)
DI - Janeiro 27: 11,24 % aa (2,51%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4915% / 112.245 pontos
Dow Jones: -0,0610% / 35.090 pontos
Nasdaq: 1,5793% / 14.098 pontos
Nikkei: -0,70% / 27.249 pontos
Hang Seng: 0,03% / 24.580 pontos
ASX 200: -0,13% / 7.111 pontos
ABERTURA
DAX: -0,003% / 15099,16 pontos
CAC 40: -0,166% / 6939,85 pontos
FTSE: 0,230% / 7533,70 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,32% / 112401,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,22% / 4482,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,289% / 14659,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,23% / 109,33 ptos
Petróleo WTI: -1,13% / $91,27
Petróleo Brent: -0,85% / $92,48
Ouro: 0,19% / $1.811,78
Minério de ferro: 2,37% / $145,45
Soja: 0,82% / $1.569,00
Milho: 0,89% / $626,00
Café: -0,08% / $240,55
Açúcar: -0,71% / $18,07