CENÁRIO MACROECONÔMICO
A divulgação do relatório de inflação, unido aos indicadores da agenda econômica fazem de hoje o dia mais importante da semana. O contingenciamento anunciado ontem e a reoneração, ou seja, sem aumentos de impostos foi um ponto político e econômico importante para o governo, apesar do peso em alguns setores da economia, principalmente em relação à folha de pagamento.
Mesmo assim, o fim de diversos programas de desoneração tributária estava no radar do governo há algum tempo, portanto, a medida optou por um timing assim positivo.
Entre os indicadores de hoje, a atividade econômica brasileira tem destaque com o índice antecedente do PIB por parte do BC (IBC-Br) e as vendas ao varejo, ambos apontando para um contexto ainda recessivo, o que alimenta a perspectiva de juros em queda constante.
O mesmo deve ser observado no IGP-M, com especial contração nos índices ao atacado, o que sustenta o mesmo cenário de afrouxamento. No relatório de inflação, nossa expectativa é tanto a discussão do juro neutro, como novamente do juro estrutural, além da perspectiva de projeções inflacionárias mais modestas.
Por fim, nos EUA, a atenção se volta ao PIB americano, porém a atitude recente do Fed demonstra que não se devem emitir sinais hawkish (de alta) muito fortes na comunicação, mesmo que os indicadores econômicos sustentem o ciclo de ao menos 3 altas este ano nos juros.
CENÁRIO POLÍTICO
Além do julgamento da chapa no TSE, o qual já passou por pedido de vista e foi interrompido, mais um movimento pode favorecer o governo, Temer deve antecipar a nomeação de Admar Gonzaga para o TSE, gerando mais um ponto de apoio à tese de separação das contas de campanha.
O julgamento das contas dos estados foi adiado mais uma vez no congresso e o governo sofreu duas derrotas em votações, com o aumento para 20% do cartão de reforma para zona rural e a retirada da PEC que autorizava universidades federais a cobrar por cursos de extensão e pós-graduação.
Mesmo assim, sem anunciar impostos, o saldo continua levemente positivo ao governo.
CENÁRIO DE MERCADO
O mercado na Europa abre atento ao relatório do BCE e na expectativa pela divulgação do PIB americano e com isso, não há rumo concreto para os mercados neste momento, com futuros em NY em queda.
Após uma abertura volátil, o dólar opera em alta consistente, perdendo tão somente para a libra esterlina e o rendimento dos Treasuries opera sem qualquer rumo, todos com variações próximas à estabilidade.
Entre as commodities, o petróleo opera em queda, mesmo com a interrupção da produção líbia, por conta da produção americana e as metálicas operam todas em queda, com o ferro caindo no porto de Qindao.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1197 / -0,69 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,279%
Dólar / Yen : ¥ 111,10 / 0,054%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,040%
Dólar Fut. (1 m) : 3123,65 / -0,54 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,43 % aa (-0,32%)
DI - Janeiro 21: 9,88 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 25: 10,22 % aa (-0,39%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,37% / 65.528 pontos
Dow Jones: -0,20% / 20.659 pontos
Nasdaq: 0,38% / 5.898 pontos
Nikkei: -0,80% / 19.063 pontos
Hang Seng: -0,37% / 24.301 pontos
ASX 200: 0,39% / 5.896 pontos
ABERTURA
DAX: 0,059% / 12210,24 pontos
CAC 40: -0,070% / 5065,48 pontos
FTSE: -0,172% / 7361,07 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65832,00 pontos
S&P Fut.: -0,115% / 2354,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,087% / 5431,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 85,06 ptos
Petróleo WTI: -0,28% / $49,37
Petróleo Brent:-0,61% / $52,10
Ouro: -0,24% / $1.250,41
Aço: -0,22% / $87,44
Soja: -0,11% / $18,45
Milho: -0,28% / $357,50
Café: -0,07% / $139,25
Açúcar: -1,75% / $16,84