A errata do relatório trimestral de inflação divulgada ontem mostra um contexto ainda mais benigno de preços e o espaço para os cortes de 100bp se firmam de maneira definitiva.
Um maior avanço depende efetivamente de um contexto político mais estável e de perspectivas de avanços nas reformas no congresso.
Na agenda econômica, atenção total tanto à criação de postos de trabalho no setor privado americano, onde projetamos criação de 203 mil vagas em março, assim como a ata da última reunião do FOMC, onde o FED pode discorrer melhor sobre as perspectivas de aperto monetário nos EUA, considerando o último comunicado “neutro”.
A falta de uma posição mais clara do governo americano quanto à expansão fiscal mantém a autoridade monetária americana sob suspenção. Com isso, o rumo do dólar também é dúvida.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura do mercado digere o discurso de Trump sobre a redução das regulações do Dodd Frank, as quais foram criadas como uma resposta aos eventos que levaram à crise de 2008, podendo ser esta a primeira “bola dentro” real desde o começo do atual governo.
O fechamento das bolsas na Ásia foi majoritariamente positivo, na expectativa pela reunião Xi-Trump e a Europa abre em alta, assim como os futuros em NY na expectativa por indicadores econômicos relevantes nos EUA e digerindo o discurso de Trump.
O dólar abre a sessão praticamente estável contra a maior parte das divisas, o que deixa sem rumo o mercado de juros americanos, com o rendimento dos Treasuries sem direção em os vencimentos, alguns em estabilidade.
Entre as commodities, o petróleo ganha tração com a da produção dos campos de petróleo do Mar do Norte e rompe os US$ 50 o barril em NY. O porto de Qindao registra queda nos estoques de minério de ferro e consequente alta nos preços, fazendo com que somente a prata e o ouro registrem quedas.
CENÁRIO POLÍTICO
O julgamento do TSE “bagunçado” ainda é considerado favorável ao governo Temer, principalmente pela necessidade da defesa da ex-presidente em mantê-la elegível, “presente” recebido durante o processo de impeachment.
Já o imbróglio com o ex-presidente do senado Renan Calheiros continua, este ávido por uma sobrevida política, após os desgastes de quase minar o impeachment nas suas fases iniciais, mas principalmente, pelo grande número de indiciamento na Lava Jato, que pode piorar caso seja perdida a prerrogativa de foro privilegiado.
Com isso, Renan também tenta minar os esforços de retirada do foro, juntamente com Requião, porém este movimento já criou mais antipatia do que simpatia dentro do fisiologista PMDB.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0935 / -0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,066%
Dólar / Yen : ¥ 110,87 / 0,117%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,297%
Dólar Fut. (1 m) : 3117,01 / -0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,44 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 21: 9,81 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 25: 10,10 % aa (-0,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,85% / 65.769 pontos
Dow Jones: 0,19% / 20.689 pontos
Nasdaq: 0,07% / 5.899 pontos
Nikkei: 0,27% / 18.861 pontos
Hang Seng: 0,57% / 24.401 pontos
ASX 200: 0,34% / 5.876 pontos
ABERTURA
DAX: -0,301% / 12245,37 pontos
CAC 40: 0,123% / 5107,40 pontos
FTSE: 0,081% / 7327,77 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65908,00 pontos
S&P Fut.: -0,051% / 2355,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,046% / 5441,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,71% / 85,89 ptos
Petróleo WTI: 0,94% / $51,50
Petróleo Brent:0,89% / $54,65
Ouro: -0,27% / $1.252,94
Aço: 0,13% / $79,46
Soja: 0,10% / $18,05
Milho: 0,48% / $364,75
Café: 0,65% / $138,65
Açúcar: 3,90% / $16,79