A inflação ontem do IPCA-15 veio 10 bp abaixo da mediana do mercado, porém ainda assim denota uma série de pressões preocupantes de preços, em especial alimentos, que persistem em alta, mesmo após resultados positivos de produção agropecuária (custo de insumos elevados).
Os combustíveis também foram capturados em sua plenitude pelo índice, afetando tanto os índices de transportes, como de habitação (gás), o que em partes pode significar, após o anúncio da bandeira verde de energia elétrica que o atual resultado pode ser o pico da atual inflação.
Ainda que possa se sustentar em tal premissa, a continuidade da invasão russa à Ucrânia e sinais ainda fracos de que a política de Covid-zero da China seja revertida sustentam no curto prazo um cenário que ainda é preocupante em termos de inflação.
Na sessão de ontem, o que prometia ser um dia positivo para os mercados acabou por surpreender os emergentes e demonstrar que o investidor estrangeiro ainda continua aportado localmente, só estava menos ativo, em meio aos desafios impostos pelo cenário nas últimas duas semanas.
Na Ásia, o fechamento foi positivo para os mercados ao seguir a tendência em NY, apesar do Nasdaq estável e o sinal de que o BoJ deve aumentar os estímulos à economia japonesa se uniram à mesma perspectiva para o governo chinês, dando espaço para a continuidade da melhora da atividade econômica na região.
Dados no Japão, apesar da produção industrial mais fraca, surpreenderam nas fortes vendas ao varejo de março, enquanto a compra de ações japonesas por estrangeiros cresceu em abril, assim como a de ações estrangeiras por japoneses também, com venda de bonds em ambos os casos.
Este contexto, com alguns balanços corporativos acima das expectativas começa a desenhar um cenário global que depende necessariamente da resolução dos dois fatores caudais acima citados para voltar a avançar mais livremente.
Na agenda hoje, chamam a atenção o IGP-M no Brasil, assim como a promessa de divulgação de dados fiscais atrasados pelo Banco Central e o CAGED, além do PIB nos EUA, com especial atenção ao PCE.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a observação de balanços corporativos e avanços na questão do gás russo.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com BoJ prometendo estímulos à economia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com quedas somente em ouro e prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com temores de menor oferta global e estímulos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9687 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,483%
Dólar / Yen : ¥ 130,31 / 1,487%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,478%
Dólar Fut. (1 m) : 4958,11 / -0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,97 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 24: 12,54 % aa (-1,34%)
DI - Janeiro 26: 11,87 % aa (-0,79%)
DI - Janeiro 27: 11,87 % aa (-0,92%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0503% / 109.349 pontos
Dow Jones: 0,1858% / 33.302 pontos
Nasdaq: -0,0145% / 12.489 pontos
Nikkei: 1,75% / 26.848 pontos
Hang Seng: 1,65% / 20.276 pontos
ASX 200: 1,32% / 7.357 pontos
ABERTURA
DAX: 1,209% / 13960,73 pontos
CAC 40: 1,376% / 6533,94 pontos
FTSE: 0,911% / 7493,36 pontos
Ibov. Fut.: 1,13% / 110917,00 pontos
S&P Fut.: 1,42% / 4239,75 pontos
Nasdaq Fut.: 1,995% / 13265,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,05% / 129,59 ptos
Petróleo WTI: 0,36% / $102,39
Petróleo Brent: 0,36% / $105,70
Ouro: 0,14% / $1.889,00
Minério de Ferro: 0,09% / $151,62
Soja: -0,12% / $1.724,50
Milho: 0,86% / $822,50
Café: 0,35% / $216,70
Açúcar: 0,11% / $19,04