Super-Quarta chegou, depositando grande expectativa nas decisões de política monetária, em especial no atual momento, o qual demanda posicionamentos difíceis dos formuladores e decisões muitas vezes que podem contrariar as expectativas pessoais.
Localmente, na sessão de ontem, o sinal de Lira sobre os precatórios e dos gastos dentro do teto dos gastos trouxe o catalisador necessário para que o mercado inclusive descolasse do rumo menos intenso das bolsas americanas, embebidas na expectativa pelo FOMC.
Outro ponto importante são os sinais de que o governo chinês deva intervir na Evergrande (HK:3333) ao ponto de possivelmente estatiza-la e evitar uma contaminação sistêmica, dada a enorme representatividade da empresa.
De volta à política monetária, nosso Banco Central meio que deixou claro através das declarações de Campos Neto a intenção de cumprir com a premissa declarada em ata de elevar 100 bp, contrariando as pressões recentes do mercado, em resposta a indicadores inflacionários mais fortes, que levou a apostas de 125 bp e até 150 bp para esta reunião.
Não somente estas apostas influenciaram as projeções terminais do processo de aperto monetário, como também pesaram nas projeções do PIB para 2022, levando casas a apostarem em crescimento inferior a 1%.
É neste ponto que o BC retomar as rédeas da comunicação, mas principalmente, dos prêmios embutidos nas curvas de juros é de suma importância, pois para parte do mercado, o trade se sobrepõe à política monetária facilmente.
As atenções se voltam tanto à decisão, como ao comunicado e a expectativa em relação aos próximos movimentos do COPOM, importante para recalibrar, principalmente, o ponto terminal do aperto.
Nos EUA, o FOMC deve continuar sob as graças de Powell e preservar o discurso de sempre, ou seja, a inflação é temporária, a atividade econômica não reagiu dentro do esperado e o mercado de trabalho está longe do ideal, mesmo sabendo que o inverso disso tem ocorrido.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção do Nikkei, ainda com atenção à China Evergrande Group (HK:3333).
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro e ouro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com quedas mais fortes nos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,28%.
Câmbio
Dólar à vista: R$ 5,2726 / -0,97 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,034%
Dólar / Iene : ¥ 109,53 / 0,266%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,176%
Dólar Futuros (1 m) : 5277,23 / -1,76 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,39 % aa (-1,18%)
DI - Janeiro 23: 8,84 % aa (-1,67%)
DI - Janeiro 25: 9,84 % aa (-2,86%)
DI - Janeiro 27: 10,25 % aa (-2,75%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 1,2918% / 110.250 pontos
Dow Jones: -0,1490% / 33.920 pontos
Nasdaq: 0,2209% / 14.746 pontos
Nikkei: -0,67% / 29.639 pontos
Hang Seng: 0,51% / 24.222 pontos
ASX 200: 0,32% / 7.297 pontos
Abertura
DAX: 0,670% / 15451,30 pontos
CAC 40: 1,137% / 6627,22 pontos
FTSE: 1,164% / 7062,21 pontos
Ibovespa Futuros.: 1,22% / 110419,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,877% / 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,349% / 15074,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,90% / 96,63 ptos
Petróleo WTI: 1,40% / $71,51
Petróleo Brent: 1,26% / $75,26
Ouro: 0,10% / $1.775,70
Minério de ferro: -0,39% / $119,01
Soja: 0,10% / $1.275,00
Milho: 0,63% / $519,50
Café: 1,34% / $185,75
Açúcar: 1,27% / $19,19