Um mundo tenso e o mercado local, de olho nas commodities resume como as bolsas de valores globais fecharam no negativo e o iBovespa se manteve na contramão, ainda que os outros ativos do mercado refletissem tais tensões.
Dólar em alta, provavelmente seguindo a tendência indicada no DXY, com leve abertura da curva de juros, junto à sensação de que há muito em aberto neste início de ano no Brasil e no mundo e poucas definições.
EUA e Rússia devem se reunir no dia 21 de janeiro, na próxima sexta-feira para negociar o impasse com a Ucrânia, o que não garante que um movimento russo não ocorra até lá, afinal tanto a China quanto a Rússia têm testando o governo Biden em diversos aspectos e provavelmente, gostado da resposta fraca.
O ponto principal ainda é o temor russo de que a Ucrânia se junte à OTAN, o que a blindaria dos ataques de Putin, afinal, este se tornaria um ataque a um membro do bloco e não a um país isolado.
Em 12 de junho de 2020, a Ucrânia aderiu ao programa de parceiras e interoperabilidade de oportunidades aprimoradas da OTAN, um primeiro passo à adesão e em 28 de junho de 2021, forças da Ucrânia e da OTAN lançaram exercícios navais conjuntos no Mar Negro com o codinome Sea Breeze 2021, trazendo forte reação russa.
A invasão e anexação da Criméia em 2014 foi o ponto de quebra de resistência interna à união ao tratado e no encontro de junho de 2021 da OTAN, a adesão, que já estava consolidada desde 2019 na constituição ucraniana foi ratificada – a qual incluía a adesão à União Europeia – e não havia possibilidade de veto russo.
O temor da Rússia é ter na sua vizinhança tanto um país que, se atacado, geraria um conflito em larga escala, como a possibilidade da OTAN estacionar um sistema de defesa em larga escala na região.
Além disso, como demonstrado na anexação da Crimeia, a Rússia tem interesses comerciais importantes no país, ligados à passagem do gás e de outros produtos pela região e para a OTAN, além dos pequenos Letônia e Estônia, a
Ucrânia criaria um ‘muro’ estratégico, restando somente o Belarus para fechar completamente.
Atenção hoje aos dados do mercado imobiliário americano e inflação na Europa.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por balanços de bancos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após liquidação durante a noite em Wall Street.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre, prata e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com interrupção de produção na Turquia aumentando perspectiva de oferta apertada.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5684 / 0,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,159%
Dólar / Yen : ¥ 114,51 / -0,113%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,059%
Dólar Fut. (1 m) : 5590,84 / 0,91 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,09 % aa (1,21%)
DI - Janeiro 24: 11,81 % aa (0,17%)
DI - Janeiro 26: 11,41 % aa (0,97%)
DI - Janeiro 27: 11,45 % aa (0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2762% / 106.668 pontos
Dow Jones: -1,5130% / 35.368 pontos
Nasdaq: -2,5974% / 14.507 pontos
Nikkei: -2,80% / 27.467 pontos
Hang Seng: 0,06% / 24.128 pontos
ASX 200: -1,03% / 7.332 pontos
ABERTURA
DAX: 0,116% / 15790,88 pontos
CAC 40: 0,562% / 7173,91 pontos
FTSE: 0,055% / 7567,73 pontos
Ibov. Fut.: 0,27% / 107418,00 pontos
S&P Fut.: 0,11% / 4576,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,102% / 15236,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,76% / 104,92 ptos
Petróleo WTI: 1,19% / $86,47
Petróleo Brent: 0,88% / $88,37
Ouro: 0,17% / $1.817,14
Minério de Ferro: 0,77% / $127,48
Soja: 0,83% / $1.375,25
Milho: 1,21% / $606,50
Café: 0,06% / $240,90
Açúcar: 0,64% / $18,81