A busca por ‘ofertas’ no mercado, após a sexta-feira pesada nas bolsas de valores possibilitou uma recuperação mais intensa na sessão de ontem em nível global e por aqui, os investidores praticamente acompanharam o desenho dos movimentos das bolsas americanas.
Ainda assim, as incertezas quanto à nova variante do vírus continuam, assim como foi a variante Delta e que em si, não trouxe grandes estragos econômicos, a não ser por um país ou outro que acionou o modo pânico.
Neste novo pânico, o que transparece cada vez mais desde o início da pandemia é um aparente desespero dos governos, não pelo vírus em si, mas pelas ações descoordenadas e despreparadas, mesmo após tudo o que se passou nos últimos dois anos e neste ínterim, os Bancos Centrais mais dovish ‘pegam carona’.
Powell, que vê sua política dovish escapar pelas mãos devido à realidade inflacionária e de recuperação da atividade econômica vê numa segunda onda pandêmica a tábua de salvação de suas premissas, ao citar temores de impactos na atividade econômica e como o vírus pesa negativamente na inflação.
Em meio a tal contexto desafiador, o que se tem certeza é que os processos de reaberturas de fronteiras, estes sim em franca expansão já sofrem o impacto do novo vírus e em termos econômicos, muitos países dependentes de turismo devem adiar a perspectiva de receber novos recursos estrangeiros.
Enquanto isso, a cadeia de suprimentos dá um alívio importante nas pressões de preços, com diversos químicos e eletrônicos retomando a oferta de países asiáticos e reduzindo consideravelmente a pressão no atacado e commodities perdem ímpeto da pressão recente, ambos eventos não correlacionados à nova variante.
Daí o IGP-M abaixo das expectativas ontem, demonstrando que em algum momento, a normalização de tais pressões de preços deve retornar como já citamos em algumas ocasiões aqui, porém não devido ao vírus, o qual pode ter o efeito inverso do que muitos imaginam na inflação, dado o que aconteceu em países fornecedores de bens intermediários e de capital na Ásia.
Hoje as atenções se voltam ao possível superávit primário, o qual dentro da sazonalidade da ‘cabeça de trimestre’, pode superar as expectativas e mostrar um passado positivo ao fiscal brasileiro, ainda que o futuro continue nebuloso.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores ainda em alta sobre a variante ômicron.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, influenciados igualmente pelos temores quanto à nova variante viral.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, destaque minério de ferro e cobre.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, com temores renovados sobre o impacto do vírus na demanda energética.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 17,20%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6081 / 0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,629%
Dólar / Iene: ¥ 112,87 / -0,687%
Libra / Dólar: US$ 1,34 / 0,383%
Dólar Fut. (1 m) : 5608,01 / 0,35 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,09 % aa (-1,90%)
DI - Janeiro 23: 11,88 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 25: 11,59 % aa (-1,19%)
DI - Janeiro 27: 11,57 % aa (-1,20%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5769% / 102.814 pontos
Dow Jones: 0,6779% / 35.136 pontos
Nasdaq: 1,8796% / 15.783 pontos
Nikkei: -1,63% / 27.822 pontos
Hang Seng: -1,58% / 23.475 pontos
ASX 200: 0,22% / 7.256 pontos
ABERTURA
DAX: -1,429% / 15062,49 pontos
CAC 40: -1,404% / 6681,10 pontos
FTSE 100: -1,227% / 7022,72 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,59% / 103158,00 pontos
Prata Futurost.: -1,10% / 4599,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,718% / 16305,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -1,29% / 97,45 ptos
Petróleo WTI: -2,76% / $68,15
Petróleo Brent: -3,12% / $71,35
Ouro: 0,68% / $1.796,80
Minério de ferro -0,28% / $94,71
Soja: -0,81% / $1.232,50
Milho: -1,12% / $572,50
Café: -0,94% / $231,65
Açúcar: -0,42% / $19,11