Mercados Globais
Enquanto os grandes mercados retornam do feriado de ano novo, o dólar se desvaloriza em relação aos seus principais pares. Os setores industriais da Alemanha e da China foram parcialmente culpados, apresentando uma alta robusta. A Alemanha aproveita de seu PMI Industrial no maior nível da série histórica. Apesar da boa notícia para a Zona do Euro, as bolsas europeias têm uma leve queda. Cabe lembrar que o programa de compra de ativos do Banco Central Europeu se inicia oficialmente hoje; e os ativos bancários da Zona do Euro estão em uma forte desvalorização. Veja abaixo o PMI industrial da Alemanha:
Já os mercados acionários da Ásia tiveram um primeiro pregão com fortes altas: Xangai (1,24%), Hong Kong (1,99%) e Ásia Dow (0,53%). A leitura para o PMI chinês foi melhor do que a esperada, demonstrando uma estabilidade para o setor e renovando as expectativas para o ano. Além disso, a menor tensão entre as Coreias foi outro fator a determinar um bom pregão para as bolsas asiáticas.
Já em Wall Street, os futuros indicam uma abertura de leve alta para todas as bolsas americanas. Na agenda econômica, os mercados aguardam o PMI Industrial dos EUA às 12h45. Os destaques da semana serão a ata do FOMC (quarta-feira) e o Payroll (sexta-feira) — principal indicador para o mercado de trabalho americano.
Brasil
O mercado local abriu em alta, iniciando o seu primeiro pregão de 2018 de forma positiva. Os juros futuros continuam a recuar desde a manhã, alinhados à queda do dólar e ao desempenho do IPC-S.
Ainda no Brasil, a FGV divulgou o IPC-S de dezembro e ele apresentou uma variação de 0,21%, 0,06 ponto percentual abaixo da última taxa divulgada. Sendo assim, o IPCS acumulou alta de 3,23% no ano. Nesta apuração semanal, chamou a atenção o grupo Habitação (-0,08% para -0,33%), devido ao item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -1,78% para -2,93%. Em contrapartida, o grupo Alimentação (0,03% para 0,27%), com grande contribuição dos itens hortaliça e legumes.
Já o PMI industrial para o Brasil continua crescendo fortemente no final de 2017. Apesar de ter caído em relação ao número de novembro, a saúde do setor melhorou bastante.
A Markit notou alguns pontos-chave na leitura de dezembro, dentre eles se destaca a melhora nas condições de negócios em meio a aumentos no volume de produção e de registros de pedidos. O volume mais elevado de vendas e as projeções de crescimento dos negócios incentivaram alguns fabricantes a intensificar as contratações.
Veja o comentário sobre os dados da pesquisa da economista principal do relatório:
“Uma narrativa pode ser extraída do aumento robusto no nível de empregos observado no final do ano. A pesquisa revelou a taxa de crescimento de empregos mais forte em quase cinco anos, com as fábricas ampliando suas capacidades em sintonia com as quantidades maiores de vendas, as necessidades mais elevadas de produção e as expectativas positivas para os próximos meses. […]”