Depois de começar o ano-novo com tudo, os mercados globais perderam força em fevereiro, registrando perdas generalizadas, com base no desempenho de um conjunto de ETFs de referência.
Mesmo com o amplo impacto nos ativos de risco durante o último mês, a maioria dos setores ainda acumula alta no ano. Mas a volatilidade em 2023 está muito alta, levantando dúvidas quanto aos próximos movimentos.
A única classe de ativos que se saiu bem em fevereiro foram as alocações em caixa, com base em um fundo que investe em títulos de curto prazo do Tesouro americano. O iShares Short Treasury Bond (NASDAQ:SHV) subiu 0,3% no mês passado. O fundo também é o único que ficou no azul em todos os períodos exibidos na tabela abaixo. Em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) continuará subindo juros, tudo indica que o SHV, que se beneficia dos rendimentos maiores dos papéis, deve continuar avançando nos próximos meses.
Por outro lado, as perdas em fevereiro variaram bastante, desde um declínio moderado de 1,4% nas treasuries indexadas à inflação (TIP) até uma forte liquidação em ações de mercados emergentes (VWO), que despencaram 6,7%.
O índice de mercados globais (GMI) também perdeu terreno em fevereiro. Esse benchmark passivo (fornecido pela CapitalSpectator.com) investe nas principais classes de ativos (exceto caixa) segundo uma ponderação por valor de mercado e representa um indicador competitivo para portfólios com várias classes de ativos. O GMI recuou 3,0% no mês passado, embora ainda tenha acumulado sólidos ganhos de 3,4% no ano.
A comparação do desempenho do GMI com o das ações dos EUA (VTI) e dos títulos (BND) no ano passado mostra que as performances tiveram alinhamento próximo recentemente. Todos os três benchmarks estão registrando resultados semelhantes no momento para a janela de um ano: perdas de aproximadamente 8% a 9%.